quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Karat Aquarell

Cada cor, cada tom guardam um pedacinho da minha alma.
Cada ponta perdida é um amor despedaçado, cada lápis gastado é um momento da minha vida que se foi.
Pinto minhas lágrimas de rosa para tentar deixá-las alegres.
Pinto minhas feridas, para que escondidas eu não possa vê-las, e simplesmente as esqueça.

O lápis descascado expõe coisas que eu não diria.

Cada esfarelado de cor, lá se vai uma partícula de sentido,
Se esgotando a felicidade.
Minha vida em doze fragmentos que se acabará quando o último lápis pintar um belo arco-íris colorido e perder sua ponta.


O amor

O amor vem,
Em forma de poesia,
Versos cabidos,
Prosa descomposta.

Feliz ano novo para todos que curtem o enjoy, e claro, para o meu parceiro né!
;)

domingo, 28 de dezembro de 2008

Duas histórias e uma verdade...

Victor começou vendendo maconha na escola. Não por que queria ser um traficante, mas todos vinham fumar da dele. Um dia se cansou e começou a vender. Passou de erva pra pó, assim como seus clientes passaram de uma paranga para 1kg. Pedra não era a preferência dele, mas alguns clientes pagavam bem por ela. De drogas para armas foi um pulo. O garoto enriqueceu do dia para a noite.
Ela era prateada. Tinha mais um carregador. Eduardo comprou mais balas, não tinha certeza de quantas iria usar. Ele engatinhou e mirou.
-Calma amigo, não queremos vizinhos curiosos por barulhos né!
A casa de Victor ficava perto da de Eduardo. Eles eram amigos desde pequenos. O rumo que o garoto tomou foi diferente da de Edu. Mas em um ponto da vida, elas se encontraram. O garoto podia oferecer tudo que ele queria. Mas o desejo de morte e sangue era o único pensamento do garoto.
-Quanto te devo?
-5mil.
-Caralho, que porra cara.
-Na verdade não é esse o preço. Espero que você desista dessa loucura. Você é melhor que isso.
-Melhor que o que Victor?
-Eu sei que você vai matar alguém hoje. Não precisa me tratar como um idiota.
-5mil né?
-Não... Pode levar. Eu não posso te ajudar matando, mas posso pelo menos te dar a ferramenta certa.
-Vai me dar uma metralhadora? Diz Eduardo rindo.
O garoto sai da casa e parte para o encontro com Pedro. Ele não se da conta, mas o ponteiro chega a marcar 150km/h na marginal. O anseio por justiça e respostas cresce cada vez que ele chega perto do lugar do encontro. Sua mão treme. Ele acende um cigarro.
O lugar era bonito. Um prédio de classe alta, tão alta quanto sua altura. Ele deixa o carro na porta. Coloca a arma na cintura, na parte de trás das costas e coloca uma blusa. O elevador era espelhado. Tinha uma poltrona e música de fundo. A cobertura pareceu mais distante do que ela realmente era.
A porta do elevador se abre e revela uma sala com a lareira acesa. A TV, ligada, passava um campeonato de sinuca. Então Pedro aparece. Fumando um charuto e bebendo algo.
-Charuto e 45 anos?
-Claro.
-Diga meu amigo, por que queria me ver?
Pedro prepara o 45anos. Pega um copo, coloca duas pedras de gelo e ao olhar pelo vidro vê o garoto empunhando uma 9mm para a suas costas.
-Resolveu comprar uma arma?
-Foi você, não foi?
-Eu o que?
-Que a matou! Grita Eduardo.
-E por que eu faria isso? O que eu ganho com ela morta?
-Você matou aquele homem.
-Ele atirou em mim. Mereceu morrer. Mas, será que eu mereço?
Eduardo engatinha a arma. Mira um pouco mais para cima, para a cabeça de Pedro.
-Depois que te conheci, a minha vida ficou uma merda.
-Oras seu mal agradecido, a sua vida era uma merda antes de me conhecer! Você transava com vagabundas e se embebedava, a custo de que? De ser rebelde? Não me faça rir. Qual foi a pedra que eu coloquei na sua vida seu filha da puta? Qual? Estou tentando te ajudar e você me fala isso? Cretino maldito!
Os olhos do garoto se enchem de lágrimas. Ele solta a arma e cai aos prantos no chão. Como poderia fazer isso a alguém que o ajudou tanto? Ele se sente revoltado com si mesmo. Pedro chega perto dele, senta-se no chão e coloca a mão na cabeça do garoto.
-Quer saber quem a matou? Investigaremos. Já estou fazendo isso, mas te direi tudo que quiser, assim você pode fazer o que quiser quando achá-lo.
-Obrigado.
-De nada, Amigo.
Eduardo da um suspiro e recolhe a arma. Guarda-a e vai até o elevador.
-Ainda tenho que fazer uma coisa. Uma que não posso deixar para amanhã.
Ele liga seu carro e se dirige até o Club. A entrada estava cheia. Uma fila que poderia ser traduzida como um dos melhores Clubs da cidade. Ele liga para seu amigo. E ganha um Vip que ninguém poderia conseguir. O segurança o acompanha até a sala do italiano. A vagabunda estava mais gostosa hoje, mas não era pra isso que ele tinha vindo.
-Posso te revistar?
-Prefiro ela. Apontando para a garota.
-Pode deixar, eu faço isso.
Ela passa a mão no corpo do garoto e encontra a arma.
-Tá aqui, essa e a única que pode causar algum problema. Pode pegar na saída.
-É que você não sentiu a outra.
-É... verdade... não senti!
O italiano entra pela porta.
-Diga meu filho, algo que eu posso fazer?
-Claro, dizer se a matou ou não!
-Não.
-Não faça teatro ou joguinhos comigo.
-Ok, não a matei. Nem eu ou nenhum de meus homens. Não sei quem a matou.
-Você disse algo sobre amigos para mim.
-Você tem péssimos amigos. Russos não são bem vistos.
-E italianos são?
-Esse seu amigo, trabalha pra um homem que não é bem visto na União Européia. Ele é acusado de inúmeras mortes, tráfico de armas, drogas e qulquer outra coisa que caminhe ou rasteje na face da Terra. Por que ele seria diferente?
-O que você quer dizer?
-Quando eu era mais jovem, ouvi falar da história de um homem que matou a família de uma empregada, por que ela queria passar mais tempo em casa e por isso queria sair do emprego. As aparências enganam Eduardo.
-Não sei o que eu faço.
-Pegue sua arma e vá para casa dormir. Mandarei dois homens meus irem com você. Você está péssimo. Precisa dormir um pouco.
-Não precisa.
-Não confia em mim né? Tudo bem, ela vai com você.
-A vagabunda? Não, obrigado. Se algo acontecesse, eu teria que ajuda-la a não quebrar a unha.
-Você é engraçado Eduardo, mas ela sabe se defender, não é meu anjo?
-Sim.
-Vá com ele, e cuide para que ele sobreviva até amanhã.
-Até parece que estão querendo me matar.
-Mas estão...


just..enjoy.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O menino que queria a lua...

Pediram para ela descer,
mas era claro que não haveria um amanhecer
se ela saísse de lá...
se ele subisse e puxasse ela pra cá.

Claramente era algo que não podia dar,
Porque não presentear com um cantar?
Não raposa ingênua, não há canto belo..
queria algo mais bonito que o do sabiá velho.

Engano seu menino de lata,
chame o porco, pois ele tem uma gaita.
E por quê eu irei querer uma gaita...
se nada é tão bonita quanto minha amada?

Preste atenção e escute meu conselho,
quem diria que um menino de lata amaria uma flor de canteiro?
Canteiro nada, tenha mais respeito...
ela mora em um jardim, é filha de um jardineiro.

Se ela é tão especial, por que queres dar uma coisa assim?
Isso é algo que só diz respeito a mim.
Calma amigo pratiado...
o que seria pior que um homem de lata enferrujado?

Enferrujado por quê, haveria motivo?
Se eu disser como você pode conseguir a lua,
você ficaria todo emotivo?
Diga por favor, amiga peluda.

Tudo bem, mais só tem um problema,
provável que esse seja um dilema!
Vamos não me enrole bela amiga,
diga como conseguir o presente da minha querida.

Quando escurecer novamente entre no bosque e siga até o lago,
lá você encontrará o que procura, mas poderá ficar estragado.
Estragar como com uma dádiva tão bela?
Poderia eu pegar a lua para minha donzela?

Para pegar na água terá que entrar,
se demorar e não se secar, pode enferrujar.
É um risco que vale a pena, esse eu correria...
se subisse na escada cairia e morreria.

Pois com toda a convicção o menino de lata entrou,
com uma garrafinha tentou pegar a lua, não parou.
O tempo passava e o menino enlatado...
parecia que esquecia do risco de ficar enferrujado.

Finalmente engarrafou a lua,
feliz correu até chegar no canteiro, perto da rua.
Gritava para a flor que era um botão...
"Você é a dona do meu coração".

Mas enferrujou antes dela despertar,
a florzinha ficou a se lamentar.
A raposa ouviu e confessou...
que ele tinha um amor imenso, por isso se arriscou.

Pequena, ele te amava, era coisa verdadeira,
meu amigo era prateado, mas não fazia brincadeira.
Pense nele e ilumine o jardim...
cresça, cresça... e se torne uma linda Jasmim!


just..enjoy.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Uma Floresta...

A distancia nos deixa longe
a proximidade nos da prazer..
Sonho? apenas tento deixá-lo acordado
na imensidão de ânimos dormentes.

Apenas o simples fato da floresta ser calma
me deixa ainda mais sombrio com meus pensamentos..
"Nada tão grande", eu digo para mim mesmo
mas apenas tento esconder meu medo em palavras sem sentido.

Mas no fundo a floresta não é tão assustadora
ela só exige uma prática constante de perfeição..
Perfeição essa que só aprendemos com experiência,
nada mais que uma sólida experiência de fatores cotidianos.

Depois de um tempo é fácil se acostumar em estar perdido,
sozinho, isolado... mas claro que isso é verdade..
Todos temos algo assim para encarar, um desafio maior que nós mesmos
para uns é uma escalada, para outros uma maratona e para muitos, simplesmente a Vida.


just..enjoy.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Senta que lá vem a história - Prt. 16

Pegou suas coisas e partiu. Não precisava de muitos objetos para a sua viagem. Era algo que teria que comprar lá. Espuma para barbear, lâmina para barbear, blusas, camisetas, tudo que não poderia levar daqui. Claro que o clima era diferente, por isso mesmo que ele preferia comprar lá. Afinal, uma mala pesada só da trabalho.
Deu um beijo em sua avó e saiu pela porta. Sua mãe, aos prantos, sorria e arrumava a sua blusa. Era um domingo de manhã, e mesmo com a previsão do tempo dizendo que iria fazer calor, o clima quis dar uma prévia do que seria daqui para frente. Seu pai pegou a sua mala e foi para o carro. Com um último suspiro, agradeceu a oportunidade ao céus e caminhou em direção ao carro.
Pensamentos inoportunos passavam em sua cabeça. Pela janela do carro, ele via a a avenida dos bandeirantes. Observava tudo em seus mínimos detalhes. Ao pararem no farol, comprou balas do garoto que vendia guloseimas por lá. "Só pra guardar de lembrança" ele pensava.
O aeroporto estava cheio. Ele fez o Check-In, passou a mão nas malas e saiu. Ao chegar na linha permitida para todos, na frente do portão de embarque, deu um abraço em seu pai e disse adeus. Sem olhar para trás, foi em um avião turbulento até Nova York.
Porém, ao voltar escoltado pela Interpol, parecia que tinham tirado a sua alma. Foi em um dia de frio que o garoto chegou na cidade. Sem saber o que fazer, foi acompanhado pelo agente da polícia internacional até a Federal. Todos olhavam para ele como se quisessem ajudar. Mas ele não se mexia. Seus pais chegaram e o abraçaram. Foi um longo caminho para casa naquele dia.

-Marco! Marco! Acorda.
-Que é?
-Estamos atrasados, vai se arrumar.
-Ok, amigo. Mas não me deixe tomar mais tudo aquilo de Tequila, sim?
Os dois correram a se aprontar e saíram. Caio não demorou a chegar, sabia todos os caminho até lá.
-Você ligou pra ela?
-Claro, liguei enquanto você dormia!
-O seu amigo não dorme em casa?
-Normalmente não... ele dorme na casa das "amigas".
-Ah... "amigas". E você seguia a mesma vida que a dele?
-Não. Eu era pior. Só aparecia pra trocar de roupa, e as vezes as minhas roupas estavam na casa das meninas. Ai eu tinha que ficar ligando pra procurar uma camisa. Era engraçado.
-Uhm... que revelador.
-Pensou que eu era um pega ninguém?
-Não. Mas não pensei que era assim, baguçado desse jeito! Mas você devia só pegar as feinhas.
-Quando você conhecer a Vivi, você repete essa frase novamente.
Ao chegar no restaurante, uma loira baixa estava a esperar alguém. Marco olhou dos pés a cabeça.
-Velho... olha aquela mina. Ela é perfeita mano.
A loira reage instantaneamente quando Caio a olha. O sol bate em sua pele e seu sorriso transmite uma paz, mas seu corpo insegurança.
-Caio! Ela grita.
Os dois se abraçam. No meio da troca de afetos, ela ameaça tentar beijar Caio, mas recua rapidamente.
-Marco, essa é a Vivi.
-Oi Marco, tudo bem?
-Ah... tudo sim.
-Caio, eu fiz as reservas, vamos entrar?
-Claro.
Depois de um almoço muito proveitoso, os amigos se despediram.
-Apareçam em casa qualquer dia.
Marco se prontifica.
-Claro que apareceremos.
-Tchau gatinhos.
Ao entrarem no carro e pararem no primeiro farol Caio pergunta.
-Você não disse nada o almoço inteiro, só poucas palavras. Está tudo bem?
-Velho... Ela é perfeita! E você... é um Deus!
-HAHAHA!
-Não... verdade. Não sabia que ela era assim.
-Eu só pegava mulher feia?
-Desculpa!
Eles passaram na casa de Gabriel. Mas só na casa de Felipe que eles tiveram sucesso e encontraram alguém lá.
-Entra logo, to acabando de lavar o Shui.
Shui era o cachorro de Felipe. Ele era muito bonito, mas vira-lata. Como o cachorro tinha uma cara meio estranha, Felipe decidiu que ele chamaria Shui, tendo em vista que se parecia muito com Shui-ang, um garoto do intercâmbio que conhecera a um tempo atrás.
-Ei Felipe, você conhece a Vivi? Pergunta Marco.
-Ah, claro... por quê?
-Nada não!
-O Marco ficou impressionado com ela.
-Ela é gostosa né? Quando minha mãe a viu, ela quis que eu me casasse com ela. "Meus netos serão lindos".
Depois de secar o Shui, Felipe se trocou e foram tomar sorvete em um shopping perto de sua casa. Porém no meio do caminho, um pensamento veio na cabeça de Caio.
-Mas... por quê será que ela ligou pra mim ontem?
-Sei lá! Responde Marco.
-De quem vocês estão falando?
-Ah.. lembrei, estamos falando da Carol que ligou pro tontão aqui pra ouvir a voz dele! Diz Marco ironicamente.
-Você tá brincando né!?
-Não, pior que não estou! E ele desligou o telefone e nem falou com ela.
-Ah não! Viro viado! Fica longe dele Marco, ele vai te agarrar! Bichona! Ela é mó gatinha, como você fez isso?
-Simples, fechei o flip. Diz Caio raivoso.
-Ela te quer e isso é fato! Diz Felipe.
Ao estacionarem o carro, eles entram no shopping e compram sorvete e jogam papo furado. Marco se intereça por uma vendedora e entra na loja pra pedir seu telefone, aproveitando para experimentar algumas roupas. Durante a bagunça dos meninos na loja Caio sente seu telefone vibrar.
-Oi.
-É o Gabi.
-Fala Gabriel.
-O que vocês estão fazendo?
-Estamos no shopping eu, o Marco e o Felipe tomando sorvete e experimentando roupas.
-Passa aqui pra gente beber tequila, comprei uma garrafa.
-Fecho! Saindo daqui a gente passa na sua casa então. Ai a gente da um role com essa garrafa.
Depois de desligar o telefone e contar a novidade para os outros, todos se animam e saem da loja não com apenas um telefone, mas dois.
Caio decide ligar para a garota do telefonema do dia passado. Não era uma vontade tão grande quanto o medo ou a vergonha do momento.
-Alô.
-Oi Carol, tudo bem?
-Tudo sim, e com você?
-Tudo certinho. Fala rapidinho que to meio ocupada.
-Ah... é que temos uma garrafa de tequila e vamos dar uma volta com ela. Chama as meninas para irem com a gente.
-A gente quem?
-Os meninos e você.
-Hum... sabe o que é... não vai dar. Tenho compromisso já!
-Ok então. Não se preocupe.
-Beijos Caio.
O menino fica meio triste mas não deixa transparecer isso. Mas claramente, Marco se liga na situação. A garrafa era bonita, e seu conteúdo melhor ainda. Eles se reuniram em frente a um bar onde o dono era um velho amigo, beberam tequila, cerveja, caipirinha e comeram batatas. Tudo no melhor estilo. As pessoas das outras mesas, que eram poucas mas compostas por muitas mulheres, olhavam para os amigos toda a hora.
-Olha lá Gabriel, ela ta olhando pra você.
-Deixa eu terminar meu cigarro que vou conversar com ela.
-Vai fumando. Diz Felipe indignado.
-Não, o cigarro atrapalha meu charme.
Todos riem, mas Caio não estão no mesmo espírito que todos. Felipe fala ao telefone e diz que as meninas da loja convidaram eles para uma balada. Todos se empolgam com a possibilidade de fecharem bem a noite. Mas nem todos são pura empolgação.
-Caio, me empresta o telefone? Pede Marco.
-Está em cima da mesa.
Marco abre o flip, disca um número e entrega o telefone na mão de Caio.
-O que é isso?
-Fale pra ela o que você quer falar!
-Não... não quero falar nada.
-Claro que quer, eu sei!
-Alô? A voz diz pelo telefone.
-Oi Carol.
-Ah, oi Caio... Diga.
-Só liguei pra ouvir a sua voz.
O bar parece menos barulhento depois daquela frase. O garoto escuta cada batida de seu coração, cada suspiro que da, cada brisa que bate em sua pele suada de nervoso. Apenas o mundo parou por um segundo, só para ele poder dizer aquela frase que era tão difícil de ser dita. Apenas por um segundo, o mundo parou para Caio.


just..enjoy.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Um inocente...

Ele corria com a faca na mão. E eu, atrás dele como se fosse um leão. Um caçador atrás da caça. Ele sobe as escadas caindo. Eu pulo degraus rapidamente. Ele se esconde em um dos quartos sombrios pela noite. Eu paro no corredor e fico a observar. Tudo está caldo e imóvel. Móveis antigos ainda decoram o lugar, mas são poucos. Alguns grafites e pichações colorem a parede de um lugar que um dia foi chamado de prédio.
Ele me surpreende. Corre rapidamente pela escada abaixo. Eu que estava longe das escada, andando devagar sou obrigado a continuar a perseguição. Dou um pulo e com o pé direito o impulso no para-peito da escada. Caio e começo a correr. Eles está cansando, e eu apenas começando. Com um leve toque no meu cinto, pego uma pequena lâmina que arremesso contra as costas dele. "Na mosca"!
Ele cai e rola pelas escada. Em um último suspiro tenta descer mais um lance. Ele consegui ficar de pé, mas cai novamente e rola as escadas. Como se fosse um filme, no último degrau ele toma um impulso maior e seu corpo é jogado contra a janela de vidro, que se espatifa e vê seu agressor cair de uma altura de 5andares até se encontrar com o chão.
Observo seu corpo pela janela. Ele não largou a faca. A arma do crime. Deveria ser o medo. Só pode ser isso. Sua cabeça estourada diz que ele está morto. Mas a dúvida do por quê as pessoas fazem esse tipo de coisa me persegue. Como alguém consegue matar pessoas inocentes? É uma pergunta que não vai ser ele que me responderá.
Minha casa estava vazia. E eu mais uma vez atrasado para o trabalho. Corro e arrumo minhas coisas. Sem a faculdade, tenho um tempo maior para me concentrar nos bandidos da cidade. Estou cansado. Dolorido. Mas nunca derrotado ou desmotivado. Não posso deixar que pessoas inocentes sejam mortas, como aquele rapaz foi.
Ao passar por uma banca na Paulista, vejo um jornal com um corpo. Volto e paro para ler. A manchete me deixa atordoado. "Inocente é morto por justiceiro". Como assim... inocente? Não posso acreditar no que leio. Compro o jornal e leio a matéria da página 2:
"Na noite anterior, o justiceiro fez mais uma vítima em seu legado de mortes na cidade. Mas dessa vez foi um homem de 37 anos, casado, com 2 filhos. O mais estranho é que o homem estava com uma faca suja de sangue. Mas o Sargento da Polícia Militar, Enrique Camuto esclarece o caso para nosso jornal. "O homem tinha acabado de ligar para a polícia quando ao entrar em sua casa percebeu que ela tinha sido arrombada. Ele relata que a mulher tinha sido esfaqueada e socorre-a. Mas em um momento da ligação, ele diz que há alguém na casa. Ao fundo da gravação podemos perceber vozes que gritam enquanto eles brigam. O homem pega o telefone e diz que o assaltante correu com a arma do crime e que ele iria atrás. Não conseguimos segurá-lo na linha". Como podemos ver, o justiceiro atacou um inocente, e agora duas crianças são órfãos. Até onde essa chacina vai parar? Como podemos detê-lo? Especialistas dizem que..."
Não posso acreditar. Começo a passar mal. A culpa cai em mim. Como não pude desconfiar daquilo? Não pode ser. Deve ser algum tipo de mentira inventada pela mídia. Mas ao chegar na padaria, o jornal conta a mesma história. Ligo para o trabalho e digo que não irei, pois estou indo ao médico, não me sinto muito bem. Mentira seria se não fosse verdade. Estou mal.
Passo na casa do velho e converso com ele sobre isso.
-Alguém tinha que morrer, não?
-Eu falhei.
-Claro. Você atacou o primeiro que viu na rua.
-Não foi isso... Ele estava cheio de sangue, com uma faca na mão. Eu pensei que...
-Pensou que? Ele era um assassino perigoso, certo?
-É.
-Todos pensariam.
-É... Todos pensariam.
-Mas ninguém mataria ele por pensar.
-Mas eu estou fazendo o bem para as pessoas. Já tirei vários vagabundos da rua. Errar é humano.
-Não na sua profissão!
-Sabe... Em guerras inocentes morrem. Não tenho culpa disso.
-Tem sim, pois foi você que puxou o gatilho.
-Eu salvei aquelas pessoas. Mais poderiam estar mortas ou sofrendo. Eu acabei com isso. Uma morte vale, por 100 vidas.
-Você acha?
-Acho!
O velho fica surpreso e continua a fazer suas tarefas. O velho rádio de pilha da a notícia que o governador está estudando propostas para acabar com o vigilante. Mas não presto atenção em nada.
Nas ruas, sento o frio. Sinto o medo. O vazio. No velho ponto onde tudo começou fumo um cigarro. Estou cansado. Com fome. Dou a ultima olhada no centro, só para ter certeza. Encontro a policial fazendo ronda com um parceiro. Ao chegar, ele saca a arma. Eu já tenho a minha apontada para a sua cabeça. Ela faz um sinal e ele abaixa a arma.
-Procurando alguém para matar?
-Por quê? Está interessada na vaga?
-Como você está?
-Com uma dor nas costas, e você?
-Pare de ser maluco, você matou um inocente e está bem?
-Como sabe que ele é inocente?
-A investigação final concluiu isso. Você sabe que querem te prender por isso, não é?
-Vocês policiais querem prender todo mundo também!
-E vocês justiceiros querem matar.
-Só mato quem merece.
-O incente merecia?
-Talvez você mereça.
-Você está se tornando incontrolável!


just..enjoy.

domingo, 30 de novembro de 2008

Senta que lá vem a história - Prt. 15

-Alô.
-Oi.
-"Oi" quem?
-"Oi" eu Caio. Não se faça de maluco.
-Ah... oi!
-Mas como é bobo.
-Então tá, tchau!
-Não, espera. Vamos tomar um açaí?
Não era muito grande, mas era uma tenda muito agradável. O açaí era bom e barato. Não que isso importasse muito para Vivi.
-Faz tempo que a gente não conversa.
-Verdade... e como andam as coisa?
-Tudo certo.
O assunto não fluia.
-Sabe Caio, gosto de você. Mas não posso viver mais assim. Sei que a gente começa a gostar da pessoa e nos cegamos. Creio que sei lá... Não sou a pessoa que você tanto sonhou.
As palavras realmente não pareciam sair da boca fútil da menina. Caio quase caiu do banquinho quando escutou aquilo. Não podia acreditar. Profundo. Sem rodeios. Verdadeiro. O tempo que ficaram separados foi muito bom para ela.
-Ah... é complicado né Vivi. Eu gosto de você... Mas é que sei lá...
-Se você quiser, posso ser a mulher dos seus sonhos. Mas isso você tem que deixar. Não posso mais escolher por você.
-Você amadureceu.
-Ah... Brigada. É que eu só queria uma chance sabe. Poderia ser perfeito.
O jeito da garota mexeu com Caio. Ele lembra da conversa que tivera com Sophia. Profunda. Sem rodeios. Verdadeiras. A brisa batia no cabelo da garota. Seu sorriso roxo de açaí mostrava como a vida podia ser simples. E bela.
-Hahaha... Mas eae velho? Diz Gabriel.
-Ah...
-Você pegou ela, não pegou?
-Cala a boca Felipe, deixa o cara falar! Diz Fernando irritado.
-A gente conversou um pouco. Fomos dar uma volta. Demos risada. Tudo como antigamente, quando eu gostava dela. Eu curti.
-É isso que falam na Itália, Simplicidade é tudo. Diz Marco.
-Pensei que dissessem "Leave the gun. Take the cannoli."...
-Isso é O Poderoso Chefão Felipe sua besta. Diz Gabriel fumando seu cigarro.
A noite era maravilhosa. Estava um clima perfeito para tomar uma cerveja, fumar um cigarro. Papear. Exatamente na Av. Paulista, ali, perto da Pamplona. Numa sexta-feira depois do trabalho estressante.
-Mas e a Carol? pergunta Fernando.
-É... sei lá cara. To confuso.
Depois de algum tempo ele se despedem e vão para casa. O apartamento de Caio estava silencioso. Seu colega não estava como sempre. Depois de comer algo com Marco, Caio adormece no sofá. Mas é acordado pelo telefone.
-Alô. Diz sonolentamente.
-Só liguei pra te dar boa noite.
-Ah... Obrigado Vivi. Pra você também.
-Eu estava pensando... Por que você não vem almoçar comigo amanhã. A gente podia comer naquele restaurante baratinho aqui perto de casa. O que você acha?
-Pode ser. É uma boa idéia, só que um amigo meu vai também.
-Quem?
-Marco. Lembra que eu falei dele?
-Sim, sim... Leve ele sim.
-Umas 11horas eu te ligo amanhã, ok?
-Estarei esperando ansiosa.
-Boa noite Vivi.
-Boa noite gato.
O garoto reclina a cabeça no travesseiro enquanto Marco fala.
-Eu ouvi meu nome ou estou bêbado?
-Amanhã a gente vai almoçar com a Vivi.
-Hummm... Finalmente irei conhece-la.
-É. Então prepare-se!
O telefone toca novamente.
-Oi.
-Olá.
-Quem é?
-Carol. Tudo bem?
O coração do garoto dispara. Ele se levanta.
-Tudo sim, e com você?
-Tudo certinho.
-Aconteceu alguma coisa?
-Ah... Não.
-Então, por que ligou?
-Você é grossinho ein. Se eu estiver interrompendo algo...
-Não. Foi só força de expressão. Desculpa.
-Não sei por que liguei. Acho que foi só pra ouvir a sua voz.
O garoto começa a ficar colorido na sala. E Marco fica a admirá-lo.
-Que gentileza.
-É. Bem... vou dormir. Boa noite.
-Tá ok... Boa noite.
Caio não sabe o que fazer. Ele desliga o telefone sem saber o que falar.
-Era a Vivi?
-Era a Carol.
-Humm... E o que ela queria? Aconteceu alguma coisa?
-Ela queria ouvir a minha voz.
-Ela disse isso?
-Sim.
-E você falou o que?
-Fiquei sem reação.
-Caralho... liga pra ela.
O garoto tenta. Mas cai em Caixa Postal.
-Caixa Postal. Ela deve ter desligado o telefone.
-Hahaha... você é um mole mesmo.
-Por quê?
-A menina te liga e fala que queria escutar a sua voz... E você fala "tá bom" e desliga.
-Para Marco... Estou confuso agora.
-Está não... Você é!


just..enjoy.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Para a minha Boneca...

Das brisas que tive e passaram em minha vida,
das risadas que dei, dos vinhos que tome...
nada foi tão forte, tão lindo e tão doce
quanto o amor que tu me deste.

Então sei que foram atendidas as minhas preces,
e para um lindo olhar hoje eu posso sorri.
Não sorriso de tristesa, não sorriso de emoção
mas sim o de um homem que plantou a felicidade em seu coração.

Sei que já escrevi coisas mais bonitas,
sei que já fui poeta, escritor, autor...
mas parei com tudo isso para te apreciar
toda vez que você sorri e diz me amar.

Apenas Te Amooo
Princesinha Boneca que eu tanto quero bem!!!


just..enjoy.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Descobrindo o que Procurar...

Parece que todos estão com medo de algo. Bandidos não saem tão facilmente nas ruas. Na verdade saem, mas não se apresentam como tal. Enquanto isso a policia desmente que vários corpos estão aparecendo pela cidade. Creio que seja medo da competência que deveria exercer, pois um mascarado bobo pega todos os bandidos, e a policia?
No caminho da faculdade leio o jornal. Notícias antigas e chatas, mas uma matéria chama atenção. Ela conta o que a policia está fazendo para achar o justiceiro. Claro que isso é patético, pois o justiceiro poderia ler as malditas informações. Creio que só um burro não ligaria a televisão ou leria os jornais se todos estivessem falando dele.
Na rua da faculdade, bares e afins estão abertos e lotados. Vários universitários bebem e cantam a música q sai do bar, na rua, mais um que esconde a verdade passa na multidão. Sem ser visto. Sem ter sua vida tocada por ninguém. Na mesma hora percebo três garotas que conversam sobre o justiceiro mascarado. Elas estão felizes, pois as ruas estão sendo limpas a qualquer preço. Uma comenta que o justiceiro deve ser um gato. Eu fico corado.
As aulas são chatas, e em alguns dias curtas. Porém eu levo uma mochila gigante. Claro, não caberia caderno, livros, blusa, sacolas com roupas e produtos para a academia... calça, bota, máscara, capa e armas em algo pequeno. Mas os dias continuavam iguais. Eu estava procurando algo que não sabia até um vago momento no caminho para casa.
A conversa de dois garotos me fez acordar para uma coisa que eu tinha esquecido completamente. Afinal, quem era meu arqui-inimigo? Essa pergunta foi o que sustentou meus pensamentos até minha casa.
Quando tive folga fui visitar o velho. Entre uma espera e outra eu fiz essa pergunta para ele.
-Ei velho.
-O que?
-Posso te perguntar algo?
-Pode.
-Você já teve inimigos?
-Eu era nazista, todos eram meus inimigos.
-Mas... tinha alguém que você perseguia?
-Judeus, americanos...
-Não! Alguém assim... Esquece.
-Você quer saber se eu tinha um... Inimigo principal? Se existia um vilão na minha vida?
-Isso.
-Eu não era um herói garoto. Claro que no meu meio eu era bem visto. Tropas Especiais... era algo grandioso. Mas não era eu quem corria atrás de bandidos. Na verdade... Vejo hoje, que eu corria dos mocinhos. Mas por que a pergunta?
-Nada.
-Você quer um vilão, certo?
-Tem muitos por ai.
-Você quer alguém para te enfrentar, alguém que mate, domine pessoas... que os jornais noticiem. Alguém assim, no seu nível.
-É. Cansei de bandidos e Matadores em série. Claro que eu não deixarei de tirá-los da rua. Mas preciso de mais.
-A resposta está no seu nariz.
-Como assim?
-Pense garoto, pense!
O velho volta a fazer seu serviço e eu a pensar. Como poderia estar nos meus olhos se eu não o vejo? Acho que esse velho é muito louco. Um louco conversando com um louco. O que poderia sair dessa conversa de malucos?


just..enjoy.

sábado, 22 de novembro de 2008

Três telefonemas e uma 9mm...

Um tiro. Ele pega o pote e arruma com o cartão de crédito outra carreirinha. Ele está atordoado. Entra e sai de festinhas. Sempre bêbado e procurando algo para fumar. A dor é muita. Ele não aguenta mais. Chora dez vezes por dia. Pede para Deus leva-lo junto, mas não é atendido. Ele sente raiva, solidão... Sente que pode morrer. Mas não consegue.
Tarde da noite ele é parado por um carro da polícia. Um agente da lei sai do carro e caminha em direção ao garoto:
-Boa noite.
-Aqui está minha carteira e documentos.
-Não sou desse tipo de polícia.
-E então? O que quer?
-Edgar Almeida. Investigador da polícia civil.
-Hum... Já te conheci, não?
-Sim, fui eu que estava na sua casa quando ela foi invadida. Esperava que você fosse ontem na delegacia pra conversarmos sobre a garota. Mas você não apareceu.
-É... tive compromissos mais importantes.
-Se drogando em casa?
-Você não tem provas disso...
-Vamos fumar um cigarro?
O detetive entra mudo e sai calado do carro de Eduardo. O destino era um posto de gasolina ali perto. A viatura estacionou atrás do posto.
-Sabia que não se deve fumar em um posto de gasolina? Você é a autoridade... deveria dar o exemplo!
-E eles vão fazer o que? Chamar a policia?
-Verdade.
-Então garoto, conte o que aconteceu.
-Um carro passou. Deu ré. E atirou nela.
-Você sabe o por quê? Tem algum inimigo?
-A essa altura, não sei quem é amigo ou inimigo!
-Olha... li o que você contou ao delegado. Eu entendo que mudou. Parou com as loucuras. Estava tentando ser um homem de caráter... mas isso não pode te fazer ter uma recaída!
-Mataram a mulher da minha vida e meu filho. O que você quer que eu faça?
-O certo.
-E o que isso seria? Cooperar com a policia?
-Não. Apenas o certo.
-O que adianta construirmos um castelo de areia se vamos derruba-lo depois?
-Do que adianta construir um castelo de areia se o mar vem para destruí-lo?
-Você é pessimista garoto! A vida não é assim.
-Não... ela é pior!
-Não se mate antes da hora garoto. Tome... pode ficar com o meu maço de cigarros... e meu cartão.
-Ok, detetive.
-Qualquer coisa ligue-me. É só pedir pra falar com o detetive Ed.
O homem da lei sai com a viatura e o garoto fica sozinho. Ele pega o telefone e liga para um amigo.
-Ei, Pedro. Vamos conversar?... Estarei lá!
Telefona novamente.
-Oi velhote. Precisamos conversar... Amanhã pode ser!
E novamente.
-Alô Victor? A minha 9mm já chegou? Ótimo, estou indo buscá-la.


just..enjoy.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Senta que lá vem a história - Prt. 14

Caio levanta cedo e sai para trabalhar. Encontra com Marco no metrô e vai para a facul.
-Cara, me perdi todo nesse metrô. Não é difícil, mas não estou mais acostumado.
-O daqui é fácil. O de Nova York eu me perdia as vezes.
-O de Paris me perdia direto cara, e olha que eu fiquei bastante tempo lá. Lembra quando te levei no primeiro jogo do Manchester?
-Lembro, a gente encontrou a torcida do Chelsea no metro e eu me caguei de medo.
-Foi muito bom aquele dia.
Ao chegar na faculdade era tudo novidade para o amigo. Ele nunca tinha estado lá, e não fazia tem 24 horas que estava no Brasil. As pessoas olhavam para ele e Marco devolvia o olhar com uma cara de perdido. Tudo velho era novo. Todos os riscos, grafites, gritos. Tudo novo. Ao entrar na sala todos olharam para Marco que sentou-se rapidamente ao lado de Caio.
-Por que todos olham pra mim?
-Porque ele não te conhecem. Estão curiosos.
-Entendi. Que aula é essa?
-Não sei.
-Pra variar né!
Bruna senta-se ao lado de Caio e logo pergunta.
-Oi Caio, tudo bem meu amor? Quem é seu amigo?
-Tudo sim e com você? Esse é o Marco, já te falei dele, lembra?
-Ah, sim claro. Oi Marco.
-Olá.
A aula começa e Bruna inicia suas investidas em Caio. O garoto desfarça mas Marco percebe. Ele se debruça ligeiramente pro lado e fala bem baixo para o amigo:
-Velho, que mina gata é essa? Você nunca me falou dela.
-É uma longa história.
-Você vai contá-la hoje. Eu quero saber. Ela não te deixa em paz. Vocês já transaram?
-Já. Mas te conto quando formos embora.
-Ok.
Os amigos saem mais cedo, pois o professor de Pesquisa teve um problema no transito. Eles passam no bar da faculdade, onde o pagode está comendo solto. Calor e universitárias bebendo e dançando com vestidinhos curtos. Esse era o cenário daquela segunda-feira. Os amigos bebem e dançam quadradamente, se divertindo.
-Cara, que saudades disso. Grita Marco.
-Isso é Brasil velho, Brasil.
-Aqui tudo é diferente, nada se compara né?
-Nada.
-Tinha saudades disso cara, das músicas, das pessoas.
-E das mulheres, né!
-É, das mulheres... mas mais ainda de você meu amigo!
-Aff... que bicha.


just..enjoy.

Despedida...

Ela foi enterrada com flores brancas. Uma cerimônia simples, porém bela. Muitos amigos de óculos escuros prestavam sua última homenagem. Eduardo com seu terno preto estava em dois funerais. Apenas os pais da menina sabiam. Eles estavam em estado de choque, ao lado de Eduardo. Ninguém falava de culpados, apenas de justiça.
"Mas... o que aconteceu?" era o que todos perguntavam. Mas a resposta era apenas uma, "Não sei!". Choro e mais choro. Era triste estar naquele lugar. Um ambiente muito carregado entrou em contato com os amigos de Edu, no momento em que entraram. Eles abraçaram o rapaz, os pais da menina e colocaram rosas no caixão. Pessoas choravam, gritavam... mas Eduardo estava morto... assim como ela!
-Vamos tomar um ar Edu.
-Valeu Brunão, mas to bem aqui.
-Então fumar um cigarro.
-Tá, pode ser!
Ele conversou com os amigos, todos tentaram animar Eduardo, mas nenhum conseguiu. Era triste demais para o garoto que não se importava com nada, perder a coisa que ele mais se importou na vida toda dele. O mundo parecia distante, e a dor sempre o trazia para perto.
-Meus sentimentos Eduardo.
Uma voz familiar fez o rapaz virar-se.
-Oi Pedro. Obrigado.
-Fiquei sabendo de manhã, como você está?
-Ah...
-Eu sei que não é fácil, mas não fique se torturando. Pedi para alguns amigos investigarem mais de perto tudo isso.
-Obrigado, os pais dela ficarão gratos.
-Você tem meu telefone, qualquer coisa me ligue, ok?
-Claro, ligarei.
-E Eduardo...
-Sim.
-O Senhor da e o Senhor tira, mas ele sabe o que faz!
As palavras ecoaram na cabeça do garoto durante uma hora. Exatamente uma hora depois que Pedro tinha saído, encostam 3 carros. Deles saem rostos conhecidos. Seguranças do Club que Eduardo frequentava. Todos olham ao redor e no carro do meio saem um senhor e uma jovem garota que se dirigem em direção a Eduardo.
-Vocês vão me revistar é? Pergunta Edu aos seguranças.
-Claro que não. Alguém quer falar com você.
-Salvatore.
-Olá Eduardo.
-Trouxe a biscate com você né!
-Sempre brincalhão esse menino, vamos me de um abraço. Meus sentimentos garoto. Soube que sua noiva era linda.
O abraço era frio. Eduardo começou a ser tomado por um sentimento que nem ele mesmo tinha conhecido.
-Fale logo o que quer.
-Vim dar meus sentimentos e trouxe flores também.
Eduardo encosta no ouvido do velho e fala suavemente.
-Foi você né, seu velho! Vou te matar e tirar seu coração fora.
O velho retruca.
-Por que pensa que fui eu?
Eduardo fica calado.
-Escute, nem todos que dizem que são seus amigos, são realmente. Eu nunca disse que você era meu amigo, mas sim ofereci a minha amizade. E se quisesse você morto moleque, você estaria.
Eduardo escuta as palavras sem reação.
-Os senhores devem ser os pais da garota, meus sentimentos.
Salvatore cumprimenta os pais da menina com abraços e palavras de conforto.
-Bem Eduardo, preciso ir. Tenho uma reunião importante, na qual estou atrasado. Qualquer coisa, me procure.
-Ok.
-E lembre-se do que eu falei.
Os carros se retiram e todos se perguntam quem é o homem. Eduardo está dividido entre a dor da perda e a vingança. Mas quem culpar? Ir atrás de quem? Essas são respostas que ele anseia em descobrir. Mas seu estado emocional era único. Estava morto. Era um zumbi.
Fazia frio na hora do enterro. O caixão preparava-se para descer. Todos choravam. Menos Eduardo. Ele estava com um sentimento que nenhuma pessoa tinha naquele dia. Ele era único. O caixão desce. E desce junto com ele um pouco do Rapaz. Desce seus sonhos, suas felicidades, seus anseios, desce seu mundo, seu amor, sua esperança, sua paz, seu filho. E emerge vingança.


just..enjoy.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

O tempo passa, você muda, você esquece...

Acho engraçado como mudamos as coisas. Como colocamos pessoas importantes em lugares que elas não deveriam estar. Como nos esquecemos de sentimentos reais. Esquecemos de como era doce nossa vida. Como era calma. Amável. Parece que não nos importamos com ela... como ela era.
Na verdade, torna-se mais cômodo assim. Lutar? Pra que lutar quando não há uma batalha a ser ganha? Quando o inimigo é tão parecido com a gente que se esconde em nossas sombras? Simplesmente comodidade. É fácil, em alguns momentos da vida, esquecer de quem te queria bem, de quem te amou, de verdade ou de mentira. É simples dizer que faz parte da vida a separação. Que estamos crescendo... e todos se separam! Falaria sobre isso o meu refrão?

Será maquiagem?
ou pro velho miragem?
algo além da sua compreensão...
algo que alguns tem na palma da mão.

Será imaturo dizer
ou sensível de minha parte
se importar com alguém...
que em meu coração, se fez montagem.

Seria certo ou incerto,
brando ou hostil?
teria simples cor...
ou seria bela quanto o Brasil?

Pediria mais e mais,
Pediria em alto e bom som
as pedras que em mim foram atiradas
delas faço jazz e em claro e bom tom.

Mas por que deixar o passado
sair de cena como lareira...
Será que todos somos importantes
ou deselegantes como banheiras?

Entre essas modestas e peculiares linhas espero que tenho deixado minha mensagem. Será que a pessoa importante pra você, está ao seu lado? Aquela que te a judou a colar, te deu a mão para você pular o muro, foi para a diretoria com você, te deu um beijo de amizade, te beijou como se fosse seu ultimo dia, disse que te amava, que se importava... Será que essa pessoa está perto de você, ou foi esquecida no passado? A todas que fizeram isso para mim, eu digo Obrigado!


just..enjoy.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Essência de sapê

A casinha de sapê guardava uma história,

paredes que gritavam no silêncio
e suavam o calor de vidas.
Seu chão exalava chocolate, bolachas e vinho
que se misturavam em cheiro de amor,
vazia se ouvia o eco das crianças, e
suas janelas quebradas demonstravam as travessuras,
enquanto suas portas presenciaram atos de doçura.
A casinha sentia saudade,
as pessoas não entendiam que ela era mais aconchegante,
que ela servia chocolate quente quando chegava o frio
e que abria suas portas no verão para o vento soprar,
por fim, ficou sozinha e desfez seu telhado pra admirar o luar

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Um pouco de mim...

Procuro algo que não sei o que é. Escondo anseios atrás de palavras que não fazem mais sentido para mim. Uma música, um livro, uma história muda a minha rotina e provavelmente a minha vida por completo. Mas ainda assim, não sei exatamente o que procuro.
Pode ser que o que procuro esteja por esse mundo. Algo que não espero encontrar. Ou algo que esperei a vida toda. Uma mulher, um livro, um filme, ou talvez alguém que me ajude e me de um novo sentido a minha vida. Não vou ser caótico, ou negativo. Porém, pode ser que o que procuro esteja dentro de mim. Esperando ansioso para sair. Seria uma coisa esperada.
Fico feliz quando descubro que não sou o único, que não sou o antiquado que pensa ou acha determinada coisa. Confesso que sempre achei que faltava algo em mim. Algo que não sabia explicar. Na verdade, descobri que eu procurava algo. Que todos nós procuramos algo na vida. Algo tão grandioso e tão misterioso que só saberemos o que é... quando encontrarmos.
Por isso que essa coisa está por ai. Me chamando. Talvez ela esteja me esperando. Não digo amores pelo mundo, pode ser uma coisa simples, talvez uma flor, uma borboleta no jardim. Não sei. Mas quero encontrá-la. Assim, acho que serei mais completo. Serei mais neutro, mais brando. Ou talvez morra tentando achar o que eu tanto procuro.


just..enjoy.

domingo, 12 de outubro de 2008

O velho e um pedido...

As benditas armas emperram. Como cuidar de um maníaco? Simples... Matando-o a sangue frio. Depois de alguns socos ele se levanta e tira uma faca. Eu pulo em cima dele e a faca escorrega. O objeto cortante é delicadamente introduzido no seu peito. Ele respira. Perde as forças. E morre em um minuto mais ou menos. Estou começando a ficar bom nisso, e sem armas.
Visito novamente o alemão nazista. Acordo-o em uma noite fria.
-Boa noite, velho.
-Quem está ai?
-Preciso de seus serviços novamente.
-E se eu me recusar?
Confesso que não soube responder a pergunta do velho. Fiquei irritado, profundamente irritado e virei as costas para sair.
-Espere... não se ofenda. Ela travou novamente, certo? Deve ser a mola do gatilho.
-Sim travou.
-Por que você não usa um modelo mais novo?
-Porque eu quero essa!
-Claro, me desculpe. Passe me a arma e vamos até minha oficina que darei uma olhada.
A oficina ficava do lado de fora da casa. Um barracão velho. Com vidros quebrados. Antes de entrar o velho passa pela cozinha e pega uma xícara de café. Ele entra no barraco e acende as luzes.
-Sabe, essas belezas foram mudadas. Aceitam balas de 38 mas não são um 38. O coice é o fator decisivo para um tiro repetido, sabia? e se for muito forte, o coice pode danificar a mola.
-Obrigado pela aula, professor.
-Você é chato demais. Não é o Batman. Tenha isso na mente. Tem namorada? Como ela te aguenta?
-Você fala demais.
-Olhe a molinha, exatamente o que pensei. Terei que trocá-la por uma mais forte.
-E quanto vai ficar isso?
-Acho que vinte reais.
-Tem troco para trinta e oito?
-Boa piada meu jovem. Se continuar assim vai matar seus inimigos com risadas. Aliás, tente acertar apenas um tiro no alvo. Isso minimiza o laudo da perícia.
-Como sabe disso?
-Apenas sei.
-Fale velhote, você não é daqui certo?
-Por que?
-Você é da Alemanha.
-Não, sou do Sul.
-Se fosse, teria um sotaque característico. Você aprendeu um bom português, mas é alemão.
-Ok, você acertou.
-Você era nazista, certo?
-O que? Você está me insultando?
-Sua idade não nega, você sabe mais de armas do que qualquer um. E viveu na Alemanha.
-Como sabe se vivi lá?
-Na sua nuca há um ponto pintado. Era assim que marcavam os nazistas capturados. Nos campos de concentração.
-Você é esperto, Batman. Vai me matar?
-Eu deveria?
-Matei muita gente inocente. Fiz coisas que não me orgulho. Mas gostaria de contribuir para a sua causa. Injusta mas assim mesmo, a melhor saída que encontrei para pagar meus pecados.
-E o que eu precisaria de um verme como você.
-Abaixe a arma para poder pensar melhor, sim? Eu conserto e te forneço alguns tipos de armas.
-E o que você ganha com isso?
-A certeza que cada bala será para matar um canalha como eu.
-Que tal se eu matasse você e pegasse suas coisas?
-As suas armas. Elas funcionarão por pouco tempo. A pessoa que fez a parte do gatilho não tinha conta que era um modelo original e que as outras partes estavam funcionando. Ele travará novamente. E novamente. E novamente. Até alguém refazer tudo.
Por que confiar em alguém que matava por diversão?
-Eu era da unidade especial do exercito alemão. Sei matar com eficiência. E sei algumas coisas sobre tortura, facas, armas, conserto de armas e artefatos cortantes, sobrevivência, caça e orientação lunar e terrestre.
-Eles treinavam bem suas tropas.
-Posso te ensinar algo. E você pega eles por mim!
Não sei porque, mas meu coração amoleceu e eu aceitei a ajuda. Precisava de alguém que me ajudasse no trabalho, mas deixei claro quem manda.
-Velho, aceito sua ajuda. Mas se pensar em algo errado, pode ter certeza que eu te mandarei para o campo de concentração do inferno!
-Ok.
O velho me ensinou algumas coisas sobre manuseio de facas e armas de fogo. Me ensinou como tirar proveito de um dia chuvoso. De como o inimigo pensa. Qual o melhor ângulo de perseguição da bala. Me ensinou um método antigo para cobrir rastros. E o mais importante. Que pessoas podem mudar se forem incentivadas.
Depois dessas aulas eu percorria as noites sem problemas. Adotei também duas facas para combates próximos. A TV falava de um homem com estilo clássico. Ele deveria ter de 38 a 45 anos e ser ex-milita. Informações destorcidas e que me ajudavam muito. Eu acertava muitos mais agora. Tirava de circulação perigosos bandidos.
Homens e mulheres que faziam pessoas chorarem. Eu era a luz no fim do túnel. A última peça em cartaz. A pessoa que atendia suas preces. E nada me tirava o direito de fazer isso. Ninguém nunca ajudou aquele menino que eu vi. Talvez se tivesse alguém como eu, ele estaria vivo. Mas no alto desse prédio, penso no que o velho disse quando saí de sua casa.
-Tem pessoas que roubam e dão para os pobres, que querem impostos dos ricos. Mas quando furam a lei, eles se igualam, mesmo sendo nobre o seu esforço.


just..enjoy.

sábado, 4 de outubro de 2008

Escadas para subir...

Resolveu subir no prédio mais alto e pular?
Afinal, no estado que estava era o mais lógico.
Não fugia de nenhum bandido, mas apenas de si.
Queria que parasse, mas não conseguiu.

Pediu para Deus abrir espaço nas nuvens...
não queria acertar nenhum anjo ao cair.
Olhou para baixo, pensou duas vezes,
três vezes, quarto vezes... e pulou.

Esperou voar, mas só caia.
Bateu os braços mas não houve resposta.
Chorou por estar errado enquanto descia...
mas não viu a vida passar em sua frente!

Antes de bater no chão, encontrou mais pessoas
algumas desesperadas, outras conformadas.
Algumas caíam mais rápido...
Algumas rezavam em voz alta.

Bateu a cabeça primeiro, o corpo foi consequência.
Rapidamente sentiu dor, angustia.
Ficou caído por mais 5 minutos...
depois voltou a subir as escadas da vida até o topo novamente.


just..enjoy.

Estrada e pensamentos...

Enquanto aquele velho pensamento se vai...
sinto que muita coisa é diferente.
Não posso dizer que a tristeza é algo triste,
pois até ela perdeu seu significado para mim.

Meu coração mistura emoções com uma música de Eddie Vedder,
nada tão simples que não possa ser explicado.
Apenas mais um momento em que pensei estar certo,
aliás, certo e errado são coisas distintas... coisas que nem sei mais.

Apenas pedi para ser meiga, inocente.
Disse que não estava preparado para tal coisa,
mas ela foi além, além do limite, além da linha que todas já foram.
Apenas com seu jeito e seu sorriso.

Hoje vejo que a estrada é um conforto muito bom,
ela não te julga pelos seus comentários ou conversas com amigos.
Ela não permite que você se esconda atrás de máscaras ou do seu carro novo.
Ela te mostra quem realmente você é, a pessoa de verdade.


just..enjoy.

Parabéns...

Mês de aniversário... Parabéns ao Blog!!!
Não prometo nada. Mas quem sabe não chame outro autor para a casa?

Se tiver sugestões... é só postar!


just..enjoy.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Projeto

Seguinte, existe uma revista sobre o resto do mundo criado por Oliviero Toscani, suas páginas são brancas porque eles querem pessoas para escrever, ilustrar e projetá-la. O projeto nasce da colaboração com os Repórteres Sem Fronteiras, uma associação que luta para proteger a liberdade de expressão para todos os jornalistas e defende todo o mundo. Um problema em que as pessoas possam ser livres para contar histórias que ninguém queria ouvir. É uma forma diferente de dar voz a uma verdadeira "o resto do mundo". Cada exemplar é único. É preciso completar uma cópia pessoal do bloco de notas e enviá-lo de volta à CORES escritórios editoriais.
Últimos exemplares do Caderno CORES foram expostos no Centro Pompidou, em Paris (outubro de 2006), o Triennale de Milão (julho 2007) e no Museu de Arte Xangai (outubro 2007). "Fabrica: Les olhos Ouverts" acaba fechada uma exposição na ShiodomeItalia Creative Center - Tokyo. Mas Notebook Projeto está acontecendo com novas exposições e publicações. Acabamos de publicar o primeiro dos dois livros CORES Notebook da série, "FACES" e "violência". Elas foram apresentadas na "typo Berlim 2008". Os mais inovadores e interessantes autores poderiam fazer parte da rede de correspondentes FABRICA. CORES Notebook foi criado para que todos possam ouvir o que você quer dizer. Ela defende e incentiva a liberdade de opinião e de expressão, não importa quem ou onde você esteja no mundo neste momento.
Tornou-se agora um livro em dois volumes: FACES e VIOLÊNCIA, apresentado no TYPOBerlin em 31 de maio de 2008 e à venda a partir de junho de 2008.

Eu vi isso e minha grande vontade de gritar idéias e pensamentos para o mundo não se aquietou até eu mandar um email para lá, sabe o que é mais incrível? O editorial me respondeuuuu!!! E me pediu o número de cópias para me mandar em casa (que beleza hein!)

Gente eu não sei exatamente o que ela vai me mandar, se é o livro pra eu preencher (que seria FODA) ou um exemplar(DUVIDO QUE SEJA ISSO), enfim, qualquer um dos dois eu vou amar. Não prometo nada para ninguém, mas se vocês quiserem participar, solicitem por post para mim, eu acho que posso pedir um e todos nós completarmos o negócio que acha? Se um não der eu solicito outro

E uma observação: isso nada mais é do que uma pessoa correndo atrás do que gosta e conseguindo, nem eu acreditava que ela ia responder. Aprendi minha lição. Agora, os designers fodas que me aguardem, vou mandar e-mail para todos. Hahaha

http://www.colorsmagazine.com/notebook/

(se esses livros não chegar em casa eu vou morrer de vergonha)

*Qualquer pessoa pode participar=)