quinta-feira, 29 de maio de 2008

Senta que o que???

Como todos sabem, sou o autor de "Senta que lá vem a História". Comecei a escrevê-la por acaso, e acabou rendendo até agora 10 partes. Mas durante esse tempo senti que as coisas não eram as mesmas. Gosto de Caio, Carol, Felipe, Vivi, Gabriel, Fernando ,Bruna e todos os personagens que apareceram e não comentei e que aparecerão.

Agora deixo nas mãos de vocês uma simples pergunta: O que vocês acham da história? É uma boa leitura ou somente uma perda de tempo?

Desde já agradeço a todos e aviso que esse mês não postarei a 11ª parte da história.


Aguardo respostas.


just..enjoy.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Um novo Amigo?

Talvez tenha encontrado a pessoa certa na hora certa. Ou só apenas mais uma pedra em seu caminho. Mas isso, só o tempo iria dizer. Mas aquela noite valeu mais que tudo na vida de Eduardo. Ele descobriu que não era ninguém. Percebeu que o que tinha era bom, mas o que tinham era melhor ainda. Ser rico? Usar roupinhas da moda? Ter carro? Não. Ele descobriu o que significa a palavra poder.
23horas de um sábado. Hora perfeita para sair de casa, mas não para Eduardo. O martelo na cabeça fica a bater na mesma tecla "O que está acontecendo?". O celular toca e não para de tocar até as 23:30 quando decide sair para relaxar. Inúmeras festas, DJs importantes estavam na cidade mas decidiu ir em uma festa antiga, que poucas pessoas poderiam ir. No 25º andar do Tower I na Paulista.
Quando dizem que não é para qualquer um, todos tem razão. 750 mangos para entrar. Vezes 4, igual a 3000 pilas para começar a brincadeira. Eduardo, e Felipe entram na festa com duas vagabundas a tira colo. Norma da festa é que homem tem que entrar com mulher e mulher com homem, mesmo que não forem um casal.
Sentaram-se a mesa, em um canto. É difícil não ir em um lugar que para quando Eduardo entra, mas essa noite foi diferente. Homens bonitos, Mulheres maravilhosas e alguns gays compunham o cenário da balada mais VIP e mais cara de São Paulo. Só os melhores na casa. Não era preciso apenas ter dinheiro, mas sim prestígio para entrar.
Depois de 1 martine, 2 Whiskys e 1 maços de cigarro Eduardo fica a reparar em duas modelos dançando em cima da mesa. "Caralho, que gostosas! Quero comer as duas!". A mesa era grande, e ao fundo mas não apagado uma figura masculina observava as duas dançando. Ele agita a mão e as duas descem e se enfiam embaixo da mesa. O homem acende um cigarro.
As vagabundas dançam na pista. Felipe vai pro banheiro com uma argentina e Eduardo fica com o famoso 25 anos. Ele ouve uma voz ao fundo que pergunta se ele tem fogo. Logo volta a realidade e uma loira estava parada na frente dele. "Que tesão!". Eduardo entrega seu isqueiro e ao ver o "bic" a loira solta uma piada. "Nossa amigo, nunca vi esse tipo de isqueiro". "É vagabundo!". Ela oferece uma bebida ao rapaz e ele aceita. Não tem expectativas para com a garota, só aceitou a companhia.
Ela se dirige a mesa das modelos dançarinas. Dois seguranças caminham em direção a Eduardo, mas com um gesto a loira os dispensa. "Peguem mais uma dose desse 25" . Anéis de ouro, Camisa de seda egípcia feita a mão, calça de grife francesa e sapato de couro mostram que há um figurão na mesa. Sem graça, Eduardo tenta comprimentar o homem. "Opa...oi, tudo bem". Suas palavras soam como um insulto a realeza. "Opa...tudo sim!" responde ironicamente. "Sente-se ".
Ele fala em outra língua com um segurança e conversam por alguns segundos. "Tudo bom Eduardo? Meu nome é Pedro". Deveria ter uns 21 anos, novo, alto moreno, com a barba por fazer...como um charme...cabelo enrolado, olhos grandes e um sorriso no rosto. A conversa dura horas, mulheres se juntam a mesa, e trazem com elas 3 garrafas e 2 maços. Mais tarde, quando ficam sozinhos, continuam bebendo e jogando papo furado...
-Você trabalha com o que Eduardo?
-Não trabalho e você?
-Represento uma pessoa importante. Tomo conta de alguns negócios dele aqui no Brasil.
-Algum japonês?
-Vou te falar que esses nipônicos são pessoas ótimas. Mas trabalho para um russo.
-Entendi...
-Você mora ali perto de onde houve aquele assassinato, certo? Eu ia morar lá, mas não achei muito legal, bem...as casa são legais, o bairro também, mas...
-É isso mesmo. Acho que está ficando tarde, preciso ir.
-Eduardo, gostei de você. Confesso que já tinha ouvido falar de você, mas pensei que você era um pouco mais...rebelde.
-Hahaha, obrigado. É que estou com uns problemas. Mas me desculpe, nunca tinha ouvido falar de você.
-É... faz parte do meu trabalho.
-Como assim?
-Tem uma festa em um flat aqui perto, o que acha de você e seus amigos virem comigo? Prometo que será uma orgia com as melhores bucetas que você já viu!
-Falou a minha língua agora amigo.
Combinaram que iriam no mesmo carro. A limusine de Pedro era discreta, mas poderosa. Ele tinha dois carros de escolta e sete seguranças e três motoristas profissionais. Estavam distraidos quando saíram do prédio. A correria começa com um homem indo para cima de Pedro e Eduardo. Ele tira do bolso uma arma.
Do outro lado da rua mais dois homens saem de um carro com sub-metralhadoras. Tudo acaba quando os seguranças de Pedro matam o homem do prédio com um tiro no peito e outro na cabeça. Um dos homens consegue voltar para o carro e foge o outro é morto sem pensar em puxar o gatilho.
-Ethan, Ivan, Yury... matem o filha da puta do motorista e traga o atirador até mim. Eu mesmo cuido dele. Chamem as motos também. Chega de sustos essa noite.
Eles balançam a cabeça e se dirigem ao carro. Um pega o celular e outro recarrega a arma. Começa a perseguição da noite. Pedro irritadíssimo começa falar em russo com um segurança, e aos gritos com alguém no celular. Novamente Eduardo sente que foi por pouco. Pedro se dirige a eduardo:
-Sabe, eles são italianos. Mais precisamente de uma família muito poderosa e conhecida da Itália... conhecida por ser ganguesteres. Sabe como eles matam as pessoas Eduardo?
Eduardo tenta responder, mas sua voz estava tão tremula que não saia nada.
-Normalmente a tiros... pode ser no teatro, no cinema, na porta de sua casa, ou na saída de uma balada...
Eduardo começa a ligar as coisas.
-Algum desses fatos já aconteceu com você ou perto de sua casa?
Seu tom era sério, irritado. Pedro desliga o celular e pede para Eduardo entrar no carro. Agora sim o rapaz conheceu o significado de "Família".


just..enjoy.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Uma história, uma menina e muitas tias

Cabelos na cara, sempre de vestido, tamanho mínimo e se achando grande
Pele de leite e olhos da cor do céu.
Criada entre tias gordas e simpáticas,
que a fazem sentir-se mimada
E mesmo crescida querer deitar nos grandes travesseiros feito dos seios de suas tias quando está triste,
sentir o batuque do coração e escutar aquele som confortando-a,
quando não é possível, fecha os olhos e imagina.
E a imagem a faz sentir conforto.
A menina vermelha,
que quando nasceu aprendeu a fazer cara de anjo para conseguir as coisas,
depara-se com uma vida que não amolece com seu rostinho.
Tudo na vida que ela quis sempre conseguiu,
mesmo sem se esforçar, só acreditando.
Agora que não tem tudo em sua mão e que não consegue acreditar em algos,
se vê desesperada,
e nesse momento ela descobre coisas que ninguém nunca vai saber
e lembra de suas tias,
todas em volta dela apertando suas bochechas e trocando palavras com sua audição, a fazendo se sentir amada de um jeito que não imaginava que era daquele jeito,
não até sentir falta.
E as crianças?
Aquela renca de remelentos que a faziam sentir-se maravilhosamente igual a todos e especialmente diferente e única.

Que saudade!!!

Que frio que sente aqui, mesmo neste calor, está sozinha.
Para quem cresceu entre muitas criançinhas,
e encarava adultos como gigantes, e as portas como enormes entradas,
e seus sapatos sempre eram um par de três.
E ela imaginava de onde apareceu o terceiro sapato repetido de uma lado do pé!
Quando apertava os olhos via cores,
será que os cegos podem ver isso também? não precisa ter capacidade de visão realmente!

Um dia

Chorou porque queria levar o mendigo pra tomar banho em sua casa
Comer em seu prato,
dormir em sua cama.
Fez um plano,
de como ajudar crianças de rua.
Deitou na enorme cama no quarto dos pais,
arrastou os cabelos da cara
e simplesmente pensou que se ganhasse muito dinheiro poderia comprar uma casa grande e colocar as crianças ali,
lá elas iriam se dividir, metade delas fariam comida e cuidariam da casa, a outra metade iria trabalhar em reciclagem pra manter a casa, pronto, tudo resolvido
Dia seguinte:
Deitou na mesma cama e chorou muito porque tinha tomado seu primeiro NS.
Mal sabia ela que a vida ia ser muito mais severa e quantos NSs daria pra menina.
Morria de medo de ficar sozinha,
e morria de vergonha de dizer que tinha medo.
Gostava de filmes de terror
e queria mandar em tudo, onde podia meter o bedelho, lá estava ela de enxerida, rebeldezinha desde criança.
Quando maior,
reconheceu que não era um exemplo de obediência, gostaria de ser sinceramente, mas não era.
Não é fácil mudar.
Vivia correndo e se machucava frequentemente,
mas não ligava muito
Dormia com a irmã mais velha que praticamente a esmagava
deixando ela toda noite sem ar para dormir,
mas nenhuma vez reclamou,
Não é porque parece ruim que realmente é ruim.
Amava bonecas, principalmente as que eram quase do mesmo tamanho que ela,
era brava,
sempre se “destacava” por ser desastrada.
Desenho era com ela mesmo e animais?
Ela sonhava em ter um cachorro
Mesmo sem poder, então pegava o cachorro da vó de porcelana
pé ante pé e o levava pro jardim e se divertia
Depois colocava em cima da TV onde o encontrou
Tomava cuidado!
Bem
A menina cresceu...
...na idade
Continua querendo ajudar mendigos
Mas hoje precisa primeiro se ajudar.
Aprendeu isso, não dá pra ajudar outra pessoa se você não pode se ajudar.
Então,
na situação que esta,
fechou os olhos.
Pensou nas confortáveis e macias tias
e no jardim onde adormecia debaixo da sombra da árvore da Vó,
no qual o sol passava entre as frestas das folhas formando um perfeito chão morno
E adormeceu...para acordar triste na próxima manhã.


..il propage ses ideias..

terça-feira, 6 de maio de 2008

Apenas algumas verdades...

-Bom...como se chama garoto?
-Eduardo.
-Eduardo de quê?
-Meu advogado não deveria estar presente?
-Sim, mas talvez ficar esperando seja muito tarde!
-Olha...não sei quem eram, nem o que queriam...
-Queriam você, é claro! Escute garoto, seja com o que se meteu...saia dessa.
-Eu não fiz nada!
-Eles não estão para brincadeira, Eduardo.
-Senhor eu...
-Acho que você está cansado, pela manhã irei ao hospital onde espero te encontrar deitado e dormindo.
Um monstro sai do armário. Eduardo não sabia nada sobre o que estava acontecendo. Aquele sotaque só poderia ser italiano. Já tinha ouvido algumas vagabundas gringas falarem como os dois. Mas o que queriam realmente? Isso é um mistério que ele não quer descobrir pessoalmente. Dirige-se para o hospital e as 5horas da manhã, sua mãe chega.
-Cadê meu filho?
-Senhora...
-Eduardo? Filho?
-Senhora, os pacientes estão dormindo...
-EDUARDO! Filho aí está você.
-Oi mãe.
-Você está bem?
-Sim. Onde você estava?
-Ah...com um amigo.
-Dando?
-Eduardo! Isso é jeito de se falar com a sua mãe?
-Você não me respondeu! Bêbada!
-Olha aqui, qualquer dia você vai acabar morrendo nesse mundo, e ninguém vai se importar... Drogadinho!
-Melhor morre e ser drogado, do que vagabunda bêbada!
-Vá para o inferno!
-Te mandarei um cartão.
Ela sai com pressa e raiva. A enfermeira fica sem saber o que falar, como agir. Com um gesto negativo com a sua cabeça, a enfermeira vira as costas. Uma coisa que sua mãe falou fica na cabeça do garoto..."qualquer dia você vai acabar morrendo nesse mundo, e ninguém vai se importar...". Ela estava certa. E para isso acontecer só faltava um empurrão.
-Enfermeira?
-Sim, o senhor quer algo?
-Um trago, uma bela garrafa de whisky e você ao meu lado só de calcinha...
Algumas coisas nunca mudam!


just..enjoy.

Arte

O que tem valor cultural? O artista ou sua obra? Quero dizer, é claro que a obra artística que vai integrar na cultura, seja esta obra: quadros, textos ou simplesmente um conceito. Mas como as obras são graduadas? Pelo seu valor único e conteúdista ou pela sua autoria?
Suponhamos que o Rei Roberto Carlos fez uma linda canção sobre o Brasil ganhando méritos pelo feito. Agora vamos pensar se o seu Joaquim da vila que inspirado escreveu esta canção ao invés do rei, se ele receberia tamanho reconhecimento, ele teria a mesma divulgação? O amigo dele elogiaria o autor se soubesse que foi escrito pelo “rei”, porém não daria tanto crédito ao amigo cantando pra ele. Algo a se pensar... Realmente precisamos refletir sobre o que é uma arte e julgá-la por si e não pelo seu autor. A arte não respira e não se explica. Será que tem o devido julgamento?
R. Mutt já discutia o reconhecimento de arte quando chamou o seu famoso mictório de arte (para se ter uma idéia de que desde muito tempo isso está em discussão), mas aqui vamos discutir outro problema da arte.
Podemos chegar na conclusão que o reconhecimento de uma obra depende da pessoa que a fez, obviamente que tem suas exceções mais aqui estou comparando ao valor que damos em algo feito por um famoso e por um anônimo.
Hoje em dia temos dons diversos em um país mais diverso ainda e alguns desses dons encontram um espaço para florescer e conseguem atenção com o passar do tempo, porém a popularidade conta muito para uma obra ser reconhecida, o valor cultural é feito de nomes de pessoas e não propriamente de obras, aliás, não estou tirando o reconhecimento de alguma obra, mas basta algum ser fazer uma obra que seja reconhecida (seja por merecimento ou não) que ela será valorizada, porém todo seu crédito ira para o nome do autor, e automaticamente transmitirá valor para as consecutivas obras deste, é a grande influência de uma pequenina assinatura em algum canto da obra. É o tipo situação típica em que muitos praticam: uma pessoa olhando para obras em uma exposição comenta que achou tudo um conjunto de coisas feias, seu amigo ao lado simplesmente diz ”até parece, foi...o autor que fez esta obra “, e aquela pessoa começa a observar novamente a obra e simplesmente do nada encontra beleza em uma questão de segundos. Se observarmos essa cena típica como paramos para observar uma arte, levando em conta somente ela e não seu autor, pode-se chegar a conclusão que a popularidade influência na arte como ponto positivo ou não. E se todos parassem de assinar suas obras? quantos artistas maravilhosos estão desconhecidos e nesse caso teriam a mesma chance que qualquer outra pessoa, não tiro a grandeza dos artistas afamados, eles realmente são ótimos no que fazem para chegar aonde chegaram (ou só foram ótimos uma vez), mas existe um exagero em alguns e falta de reconhecimento em outros de igual ou melhor escala.
Será que aquela fotografia faria tanto sucesso se não aparecesse em um comercial o titulo de ”o melhor conjunto de fotografias feito pelo renomado...”! Como seria a venda de produtos se o próprio artista devesse trabalhar vendendo suas músicas para que sua arte seja aplaudida?
Encontramos dois problemas nesta parte do texto: a diferença em que todas as pessoas são julgadas, ou melhor, a indiferença com que algumas pessoas são vistas, a mania de titular e elevar alguns humanos mortais, observando aquele ser e o admirando, querendo ser igual, mas não olhando para seus próprios olhos e enxergando o seu dom, quantos amigos me mostram maravilhosas obras que vazam um talento que deveria ser expandido, as pessoas fazem heróis para acreditar e esquecem que existe um herói dentro de si.
O problema: O EGO. Todos os artistas querem ser reconhecidos pelas suas obras aumentando seu orgulho próprio, e alguns até se vangloriam com as maravilhas que fizeram o favor de emprestar ao mundo, iluminando-o com seu primor.
Se as obras fossem avaliadas não levando em conta as letras de uma assinatura, todas obteriam o mesmo direito de avaliação de conteúdo, e assim o mundo alcançaria uma incrível igualdade entre as pessoas, ou melhor, uma justa concepção de cada arte,mas isto é só uma alternativa. O mundo infelizmente está longe de ser igual e as pessoas mais infelizmente ainda estão longe de quererem igualdade.

...il propage ses ideias..