23horas de um sábado. Hora perfeita para sair de casa, mas não para Eduardo. O martelo na cabeça fica a bater na mesma tecla "O que está acontecendo?". O celular toca e não para de tocar até as 23:30 quando decide sair para relaxar. Inúmeras festas, DJs importantes estavam na cidade mas decidiu ir em uma festa antiga, que poucas pessoas poderiam ir. No 25º andar do Tower I na Paulista.
Quando dizem que não é para qualquer um, todos tem razão. 750 mangos para entrar. Vezes 4, igual a 3000 pilas para começar a brincadeira. Eduardo, e Felipe entram na festa com duas vagabundas a tira colo. Norma da festa é que homem tem que entrar com mulher e mulher com homem, mesmo que não forem um casal.
Sentaram-se a mesa, em um canto. É difícil não ir em um lugar que para quando Eduardo entra, mas essa noite foi diferente. Homens bonitos, Mulheres maravilhosas e alguns gays compunham o cenário da balada mais VIP e mais cara de São Paulo. Só os melhores na casa. Não era preciso apenas ter dinheiro, mas sim prestígio para entrar.
Depois de 1 martine, 2 Whiskys e 1 maços de cigarro Eduardo fica a reparar em duas modelos dançando em cima da mesa. "Caralho, que gostosas! Quero comer as duas!". A mesa era grande, e ao fundo mas não apagado uma figura masculina observava as duas dançando. Ele agita a mão e as duas descem e se enfiam embaixo da mesa. O homem acende um cigarro.
As vagabundas dançam na pista. Felipe vai pro banheiro com uma argentina e Eduardo fica com o famoso 25 anos. Ele ouve uma voz ao fundo que pergunta se ele tem fogo. Logo volta a realidade e uma loira estava parada na frente dele. "Que tesão!". Eduardo entrega seu isqueiro e ao ver o "bic" a loira solta uma piada. "Nossa amigo, nunca vi esse tipo de isqueiro". "É vagabundo!". Ela oferece uma bebida ao rapaz e ele aceita. Não tem expectativas para com a garota, só aceitou a companhia.
Ela se dirige a mesa das modelos dançarinas. Dois seguranças caminham em direção a Eduardo, mas com um gesto a loira os dispensa. "Peguem mais uma dose desse 25" . Anéis de ouro, Camisa de seda egípcia feita a mão, calça de grife francesa e sapato de couro mostram que há um figurão na mesa. Sem graça, Eduardo tenta comprimentar o homem. "Opa...oi, tudo bem". Suas palavras soam como um insulto a realeza. "Opa...tudo sim!" responde ironicamente. "Sente-se ".
Ele fala em outra língua com um segurança e conversam por alguns segundos. "Tudo bom Eduardo? Meu nome é Pedro". Deveria ter uns 21 anos, novo, alto moreno, com a barba por fazer...como um charme...cabelo enrolado, olhos grandes e um sorriso no rosto. A conversa dura horas, mulheres se juntam a mesa, e trazem com elas 3 garrafas e 2 maços. Mais tarde, quando ficam sozinhos, continuam bebendo e jogando papo furado...
-Você trabalha com o que Eduardo?
-Não trabalho e você?
-Represento uma pessoa importante. Tomo conta de alguns negócios dele aqui no Brasil.
-Algum japonês?
-Vou te falar que esses nipônicos são pessoas ótimas. Mas trabalho para um russo.
-Entendi...
-Você mora ali perto de onde houve aquele assassinato, certo? Eu ia morar lá, mas não achei muito legal, bem...as casa são legais, o bairro também, mas...
-É isso mesmo. Acho que está ficando tarde, preciso ir.
-Eduardo, gostei de você. Confesso que já tinha ouvido falar de você, mas pensei que você era um pouco mais...rebelde.
-Hahaha, obrigado. É que estou com uns problemas. Mas me desculpe, nunca tinha ouvido falar de você.
-É... faz parte do meu trabalho.
-Como assim?
-Tem uma festa em um flat aqui perto, o que acha de você e seus amigos virem comigo? Prometo que será uma orgia com as melhores bucetas que você já viu!
-Falou a minha língua agora amigo.
Combinaram que iriam no mesmo carro. A limusine de Pedro era discreta, mas poderosa. Ele tinha dois carros de escolta e sete seguranças e três motoristas profissionais. Estavam distraidos quando saíram do prédio. A correria começa com um homem indo para cima de Pedro e Eduardo. Ele tira do bolso uma arma.
Do outro lado da rua mais dois homens saem de um carro com sub-metralhadoras. Tudo acaba quando os seguranças de Pedro matam o homem do prédio com um tiro no peito e outro na cabeça. Um dos homens consegue voltar para o carro e foge o outro é morto sem pensar em puxar o gatilho.
-Ethan, Ivan, Yury... matem o filha da puta do motorista e traga o atirador até mim. Eu mesmo cuido dele. Chamem as motos também. Chega de sustos essa noite.
Eles balançam a cabeça e se dirigem ao carro. Um pega o celular e outro recarrega a arma. Começa a perseguição da noite. Pedro irritadíssimo começa falar em russo com um segurança, e aos gritos com alguém no celular. Novamente Eduardo sente que foi por pouco. Pedro se dirige a eduardo:
-Sabe, eles são italianos. Mais precisamente de uma família muito poderosa e conhecida da Itália... conhecida por ser ganguesteres. Sabe como eles matam as pessoas Eduardo?
Eduardo tenta responder, mas sua voz estava tão tremula que não saia nada.
-Normalmente a tiros... pode ser no teatro, no cinema, na porta de sua casa, ou na saída de uma balada...
Eduardo começa a ligar as coisas.
-Algum desses fatos já aconteceu com você ou perto de sua casa?
Seu tom era sério, irritado. Pedro desliga o celular e pede para Eduardo entrar no carro. Agora sim o rapaz conheceu o significado de "Família".
just..enjoy.
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