sexta-feira, 25 de julho de 2008

A verdade nos tiros...

Depois do banho, vestira seu paletó. Colocou uma camisa branca exatamente igual a que estava vestindo. Pegou dois drinks e dois cigarros e sentou-se.Tirou o Zippo do bolso e demorou um pouco para acende-lo. Entregou o outro cigarro e o drink para Eduardo, junto com o Zippo. Deu duas tragadas e tomou um gole do drink. Foi quando Eduardo disse:
-Então... O que o homem falou?
-Sabe Eduardo, quando tinha 18 anos não sabia o que fazer da vida. Tentei entrar em uma boa faculdade e consegui. Fiz economia mas não sabia se era isso que me completava. Foi em uma noite de muito frio, quando saia do teatro e decidi dividir meu primeiro táxi que achei o que me completava.
-Como assim?
-Eu conheci uma pessoa muito importante e interessante. Sabe aquelas coisas de destino?
-Sim, claro. Então foi o destino?
-Não. Depois de um tempo percebi que isso não existe. Mais importante que dinheiro é a informação Eduardo. E ele sabia mais de mim do que eu mesmo. E me ofereceu um emprego. Não era nada do tipo de conselheiro, mas sim, motorista particular. Eu o levava a algumas festas e jantares, conheci pessoas e claro... A mim mesmo.
-E você continua trabalhando para ele, certo?
-Claro, e ofereço a mesma oportunidade para você.
-Muitas pessoas estão me oferecendo emprego ultimamente.
-Eu sei, mas o meu é diferente do seu amigo italiano. Não vai ter que sujar as mãos como muito dos meus empregados. Só quero que você continue sendo o mesmo Eduardo revoltado que você era. Surgirá alguns serviços para fazer. Mas nada que te meterá em problemas.
-Como você sabe do italiano?
-Informações meu caro, informações.
-Não sei cara, francamente não sei.
-Eram matadores italianos meu caro. Profissionais. Na verdade, não tão profissionais assim. Eram juvenis para falara verdade. Fazem serviço para uma família em especial.
-Porco sujo! Ele quer me matar.
-Já cuidei das coisas. De quatro coisas. Agora você me deve um favor.
-E o que seria?
-Não sei. Na hora certa vou pedir uma gentileza para você e espero que lembre do amigo aqui.
-Sim, claro.
-Obrigado pela noite Eduardo, tem um carro lá fora que te levará para casa. Seus amigos também serão levados por minha conta. Não se preocupe com mais nada nessa noite, só com o cigarro que está acabando. Boa noite.
-Pedro, e os assassinos?
-Já cuidaram disso, aparentemente foi uma ação contra a polícia.
-E por que você falou que não eram profissionais?
-Por que se fossem, tinham te matado. Boa Noite.
-Você não tem meu telefone e nem eu o seu, mas...
-Vá dormir, não preciso que me dê nada. Eu já tenho. Boa Noite Eduardo.
E com as últimas palavras Pedro se dirige ao outro extremo do hangar. Dois seguranças o acompanham e mais outros dois acompanham Eduardo até o carro. Ele pede para o motorista parar em algum posto para comprar um cigarro. Nunca pensou que iria precisar tanto de um. Ao sair da loja de conveniência com um maço e um refrigerante ele caça em seu bolso seu bic, mas tira o Zippo de Pedro, ao acender o cigarro ele conversa com o segurança:
-Devolva isso ao Pedro por favor.
-Não posso senhor.
-Por que?
Ao virar o Zippo de ponta cabeça, ele se depara com um número de telefone. "Informação é tudo" a frase ecoa em sua mente. Ele olha para o segurança e faz um sinal com a cabeça. Será um novo amigo, ou somente mais um problema que ele terá mais para frente? A pergunta não sai da cabeça na noite que drinks, putas, tiros e cigarros decoraram mais uma vez o nome "Família".


just..enjoy.

Primeira história

Comecei escrevendo poesias. Passei muito tempo fazendo isso. Fazia para pessoas específicas, por que gostava de escrever, para matar o tempo, por que era uma rotina. Mas depois veio o Blog e as histórias que vou admitir, começaram por acaso aqui.
Mas antes delas, eu já tinha uma. Comecei a escrever em uma noite, 1h da manhã acho. Parei rapidamente. Conversando com a Sah esses dias me lembrei dela. Não sei se vou ter a capacidade de termina-la algum dia. Ou terminar as duas histórias que eu estou escrevendo. Mas talvez... Eu a poste. Só o começo, para manter registrada. E para não esquecer que ainda tenho algo a terminar. Um dia.


just..enjoy.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Senta que lá vem a história - Prt. 11

-Sentem-se, a casa é de vocês.
Caio anda no meio das garrafas de cerveja inglesa e maços de cigarro. A festa tinha durado tempo o bastante para ainda ter muitos "entulhos" pela casa. Ao mesmo tempo que tentava procurar onde pisar, olhava se não tinha nenhum buraco no chão para enfiar a cara de tanta vergonha. "Eu te mato Max, eu juro que mato!", pensava sem parar.
-É... acho que preciso chamar a empregada, né!?
As meninas riam sem graça e procuravam algo que não estava sujo para olhar.
-Ah, se quiser a gente coloca as garrafas em uma sacola, e os maços também.
-Achei um maço cheio de cigarros. Diz uma das meninas.
-Não, não precisa... vou tomar um banho rápido e já vamos.
-CARALHO... olha que sujeira da porra velho... teve festa e você nem me chamou!
-Haha desculpa Gui, a festa nem era minha.
Depois de 20 min. Caio sai do quarto devidamente trocado, calça jeans, tênis e camisa compunham o visual do garoto. As menionas tinham tirado a blusa e todas estavam maravilhosas. Mas aos olhos de Caio, Carol estava mais. Ao entrar na sala se deparou com Gui beijando uma das garotas no sofá. "Hahaha esse não muda nunca!".
-Vamos?
As meninas tinham ligado o som e começa a tocar Stereophonics - Maybe tomorrow uma das músicas prediletas de Caio.
-Nossa... você está... uma graça. Diz a amiga de cabelos enrolados amiga de Carol.
Carol fica levemente corada. Vira o rosto e pega o bolsa e a blusa.
-Arrumamos a sua casa, você gostou? Continua a menina de cabelos enrolados.
-Ah... gostei, mas eu não moro mais aqui. Bem, não com tanta frequência.
-Vamos logo vai, o pessoal está esperando. Diz o pegador.
O elevador parecia um pouco mais quente aquela noite. Os corações batendo dentro dele emitiam algo especial no ar. Cada um com seu problema, seu defeito, sua felicidade, seu amor e seu prazer. A pegação de Gui foi com ele para o carro junto com a garota de cabelos enrolados. Caio e Carol foram para o estacionamento do prédio.
-Seu carro tem ar quente?
-Sim, sim... pode ligar, mas não tá tanto frio assim!
-Claro que tá.
O telefone toca suavemente no bolso de sua calça. Esperando não ser a voz que estragaria a sua noite, o garoto atende o telefone.
-Oi.
-Oi, tudo bem?
Era uma voz masculina.
-Quem é?
-Haha... seu brotha porra!
-Fala Marco, como anda a Espanha?
-Espanha não cacete, Itália, Itália! Bem, estou aqui tomando caipirinha e comendo umas italianas.
-Cacete, você foi até a Itália pra tomar caipirinha?
-É cara, e adivinha... me cansei da vida boa e estou indo pro Brasil. Chego amanhã atarde.
-Caraca, e é tão rápido assim?
-Eu estou a caminho da Inglaterra, escala manja? de manhã estou em Miami e depois meu velho, Guarulhos.
-Estarei lá, a que horas?
-19horas e 43minutos, não se atrase ein!
-Podexa, abração.
-Abraço.
Não podia acreditar, um grande amigo viria amanhã. Era a melhor notícia do mundo. Caio conhecera Marco, um típico descendeste de italiano com cidadania inglesa, quando estava em Londres. Aprendeu com ele a amar a cidade. A ir aos jogos. A beber cerveja quente e principalmente a ser inglês.
-Era um amigo?
-Era sim... um grande amigo que está vindo para cá.
-Que legal, ele chega quando?
-Chega amanhã a noite, vou ter que fazer uma festa pra ele, certeza.
-Que massa.
-Bem, se quiser vir, vou expulsar meu colega do Ap.
-Veremos. Mas e quanto a minha amiga?
-O que tem? Pode trazer também.
-Ela gostou de você.
-Ah... brigado.
-Não foi um elogio, ela gostou mesmo.
-Ah, mas sei lá... é complicado.
-Esqueci que você namora.
Quando Caio pensa em responder, seu telefone toca novamente. Eles estão indo para a balada, em uma sexta-feira. Onde beberam e contaram "causos" em um bar perto da Pamplona. Ali na velha Av. Paulista. O garoto só reza para a noite não acabar, ou acabar bem. Coisa impossível.


just..enjoy.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

O buraco

O buraco vazio preenchia o coração de nada,

assim ligava os dois como meras estações de tempo,

e por serem tão vazios, tão parecidos em suas complexidades individuais, depois de alguns verões

se tornaram mais ligados que qualquer coisa que existia, mais que qualquer casal de amantes, tão forte que nem podiam se soltar, e quando os casais meramente apaixonados se decepcionaram,

e quando o mundo se tornou um lugar de pessoas artificiais, foram eles, os últimos a guardar um algo sincero, prevaleceram, e provaram que tudo é feito de um ritmo diferente para cada ser. Viveram felizes para sempre, isso mesmo,

felizes cheios de nada, contrários a tudo que o ser humano acredita e de acordo com o que realmente é real.

É difícil encontrar amor em sua forma original, as pessoas nem sabem se amam,

mas o buraco,o vazio que os única, era pleno em si,

e era um tipo diferente de um ponto de vista que podemos ter de amor.

domingo, 22 de junho de 2008

A "conversa" de Pedro...

"Cacete... agora to fudido! Por quê caralho?" A cabeça de Eduardo era um balão naquela limusine. Por pouco não couberam todas as pessoas. Pedro não parava de falar em russo ao telefone. Seu rosto fechado indicavam que as coisas iam de mau a pior. A limusine para e freio de mão é puxado. Ele olha pela janela e vê um prédio alto.
-Chegasmo senhor.
-Obrigado! Vamos Eduardo.
Cinco seguranças acompanharam os seis até o apartamento. Dois ficaram na porta, dois nas escadas e um na frente do elevador. Estava tensos, e esperando algo acontecer. A festa estava muito agitada. Meninas de calcinha corriam pelo apartamento enquanto Pedro entrava pela porta.
-Eduardo posso conversar com você?
-Claro.
-Senhoras e senhores, tem todo o tipo de bebida na mesa, comida mexicana acho eu e camisinhas. Divirtam-se.
Ao entrar no quarto, Eduardo não acreditava o que estava acontecendo.
-Vou direto ao ponto. A encomenda era pra você Eduardo.
-Desculpe por te meter nessa.
-Eduardo, eu gostaria de te ajudar. Não sei o por que eles estão atrás de você, mas acho que posso fazer algo.
-O que?
-Eduardo, quero te dar a minha amizade, e a do homem para o qual trabalho.
-Mas ele não me conhece.
-Trabalhe para mim.
-Não, melhor não.
-Você tem duas alternativas. Ou você trabalha para mim e isso não acontece mais, ou você morre.
-Caralho...
-Acalme-se, pegue um cigarro.
O garoto pega o cigarro e demora para acender. Pensa um pouco e é interrompido.
-Senhor, estamos com ele.
-Eduardo, vamos ver o que eles queriam.
Saíram do apartamento e dirigiram-se a um hangar afastado. O homem estava todo ensanguentado e cansado.
-Boa noite.
-Vai se foder!
-Você é mau educado né? Por que atirou em mim?
-Pra você morrer, mas a encomenda não era sua.
-Mas o julgamento é. O que vocês queriam?
-Não intereça.
-Sabe, ao longo da minha carreira, fui adquirindo habilidades, dons.Aprendi a fazer coisa que não me orgulho. Mas as treinei bastante...
-Enfia no rabo.
-Ivan, traga as ferramentas.
O homem trouxe uma caixa de metal com ferramentas.
-Pela última vez, me responda.
-Vá se foder!
-Ok.
Ele pega um alicate e soca a boca do prisioneiro, depois arranca-lhe um dente. Pega pedaços de pau e monta pequenas agulhas cuidadosamentebe as enfia por entre os dedos do atirador.Seus capangas observavam isso como se fosse normal. Ele pegou água quente e jogou no rosto do prisioneiro e batia nele sem parar.
-Fala filho da puta! Ou fala ou te mato.
Logo em seguida batia mais nele. Pegou uma faca e cortou sua orelha. Um cortador de charutos e cortou-lhe os dedos. Socos e chutes eram o mínimo naquela hora.O prisioneiro gritava e Eduardo se sentia aterrorizado com isso. Saiu da sala passando mau. Vomitou de medo e de nervosismo. Depois de duas horas Pedro sai todo sujo de sangue.
-Consegui.
Os gritos pararam faziam um tempo.
-E o que era?
-Vamos sair daqui, esse lugar me deixa deprimido.
-E o prisioneiro.
-Esta lá dentro.
Ao abrir a porta, Eduardo se depara com um cadáver caído no chão. Sangrava muito e faltava quase todos os dentes de sua boca. Suas orelhas costadas e seu rosto queimado traziam marcas de tortura e espancamento.Nada de armas, apenas ferramentas."Caralho, sou o próximo".
-Vamos sair daqui. Preciso tomar um banho e já te conto.


just..enjoy.

Palavras de um macaco...

Um comentário singelo foi feito ao ver que o macaco tinha um rabo grade. "Nossa, que rabão..." e risadas soaram como tímidas gotas de chuva. "Olha quem fala...". O macaco retruca para a menina. "coisa não Sr. do rabo grande, sou uma menina". "E o que ser isso?". Oras... oras... não sei. Foi então que a ficha caiu, como moeda de 25 centavos em máquina de refrigerante.
Pensou a semana inteira na pergunta do macaco. Pensava que não podia rir dele, pois um macaco tem rabo grande porque é macaco, mas e ela? Seus pensamentos atormentavam a mais pura alma. Uma menina de 10 anos de idade. Não era a primeira da sala, tinha capacidade para ser a primeira da escola, mas nunca ligou para isso. Seu cabelo curtinho indicava que era vaidosa.
Tinha todas as respostas na pontinha de sua língua pequenina... menos a do macaco. Pesquisou em livros e jornais, mas nenhum dizia o que era um ser humano. Falava-se sobre o que há dentro dele, de sua mente, suas doenças, sua inteligência. Mas não achava o que queria.
Voltou a casa do macaco. Ele estava dormindo, mas acordou rapidamente. "Olá coisa, como está?", "Nada bem rabudo, descobri que não sei o que sou." Você é humana, e humanos são humanos.", "Mas não fazemos coisas legais, e nem temos rabos ou asas... somos chatos, chatos e destruidores." O macaco se aproximou do vidro e apontou uma placa dizendo ZOO.
"Quando cheguei aqui, estava muito doente. Me disseram que homens maus queriam judiar de mim, mas homens com armas os detiveram. Cuidaram de meus ferimentos, me deram comida e um lugar para dormir. Me sentia inseguro com a situação, mas nunca reclamei. Hoje fazem 3 anos que estou aqui... e sei a diferença de um humano e de um monstro quando vejo um".


just..enjoy.

sábado, 14 de junho de 2008

Pensando em você...

Mesmo se o dia não fosse claro,
mesmo se amanhã fosse o mesmo dia
eu estaria aqui por você.

Se todos os destinos fossem incertos,
se todas as estradas não levassem a lugar nenhum
eu viajaria por você.

Mesmo se o mar criasse a maior onda,
e eu não soubesse nadar
eu sobreviveria por você.

Já que as manhãs me parecem solitárias
resolvi escrever uma pequena fala pra você.

Diante do mundo ajoelho pra vida,
ela me bate e eu sangro
mas eu não desisto por você.

Já que as manhãs são tão solitárias
resolvi fazer uma música pensando em você.

Se as maiores pragas caíssem sobre mim,
se eu não tivesse dinheiro, emprego ou casa
eu ainda sorriria, pois estou com você.

Doce, doce manhã que nunca passa
eu fiz essa canção pensando em você.


just..enjoy.