domingo, 15 de fevereiro de 2009

Em uma Cabana...

Olhou o retrato de quem não iria voltar. Só a lareira e seu cachorro acompanhavam os móveis . Não era tarde, nem cedo. Apenas não olhara no relógio para não indagar o tempo. Apenas sua água apitava na chaleira chumbo que ficava entre as panelas da cozinha, jogada. Retirou o objeto do fogo e o apagou. Virou o conteúdo em um copo e esperou até o cheiro de flores silvestres colorirem o ar.
Colocou açúcar. Pegou biscoitos. Sentou em frente ao fogo e admirou sua lareira. Era de pedra. Simples porém quente. Era a única parte da casa de pedra. O resto era de madeira. Em sua cadeira de balanço acariciava seu cachorro. Sua cor mel e a coleira vermelha davam um tom conhecido no animal. Parecia um filme... um sonho.
Levantou e ligou o rádio baixo. Ouvia um pouco de jazz e bossa. Seu chá se esfriava rapidamente. Voltou a sentar e cobriu as pernas. Seu fiel companheiro colocou sua cabeça grande em suas pernas e dormiu. Um cenário lindo para um inverno rigoroso. O que mais precisaria da vida, se já achou uma porta para a felicidade? Mas queria mais. Muito mais. Mas não naquela noite.

just..enjoy.

2 comentários:

Sah disse...

Parece confortável!!! Eu quero uma lareira de pedraaaaa
=)

Gabriel Caropreso disse...

muito bom.
como se o ar de flores silvestres preenchesse a gente tambem