Era disso que se tratava um guerreiro. Nada de tiros ou explosões. Nada de armas e drogas. Nada de drogas e sexo. Apenas o prazer de ganhar. A honra. A vida. Mas isso era antigamente, ninguém resolve seus problemas com espadas hoje em dia. Resolve-se apenas com dinheiro. É por isso que vou roubar um banco, pensava Eduardo quando era mais novo.
Reuniu todas as informações necessárias mas não descobriu nada. Quem é "A Família"? O que ela faz? De onde vem? O máximo de respostas obtidas, foi sobre a família Soprano. Uma série sobre gangsteres que passava na TV. Seria esse o sinal? Seriam Gangsteres? Se sim, ele corria perigo. E foi disso que ele começou a se perguntar no meio da madrugada.
Seu cigarro estava no fim. Faltava apenas um e eram quase 3horas da manhã. Abriu a garagem e entrou em seu carro. Nenhuma sombra de cigarro ou maço. Dirigiu até um posto 24horas e comprou seu sustento de nicotina. Aproveitou e comprou uma cerveja. Observou o trabalho dos frentistas e por alguns segundos se distraiu.
Ao chegar em casa se deparou com a porta da garagem aberta. "Pensei que tinha fechado a porta". Guarda o carro e aperta o botão da garagem. As luzes se acendem e ele sente um jeito diferente do ar se movimentar. Apaga o cigarro e pega o maço. Interfona para a empregada mas ela não atende. Esquecera que ela foi para a casa da filha. "Quando se precisa dessa vaca, ela não está!"
Sobe na ponta dos pé e ouve um barulho. Pessoas conversando. Dois homens. Ele volta e corre para o carro. Entra e fica escondido no banco de trás. Eduardo pega o telefone e liga para a polícia. "Alô?", "Emergência, pois não?", "Invadiram a minha casa, são dois homens, endereço..." a atendente pede para ele ficar na linha. Dois vultos se aproximam do carro. Conversam entre eles, mas o jovem não entende, eles falam em outra língua.
O barulho da maçaneta de seu carro abrindo diz que o próximo passo é virar para trás e abrir o carro de sua mãe. Cachorros latem e um carro encosta. "Consegue entrar pulando o muro?", "Não, é melhor chamar reforço, deve haver reféns". Um sentimento de alívio toma seu corpo. Mas a adrenalina fala mais alto quando a porta da frente do carro abre e a luz da garagem ilumina o banco do carro...
"Agora sim me fodi!" pensa Eduardo tentando segurar o coração em seu corpo. Mais dois carros chegam e ouve-se barulhos. Os vultos falam algo entre sí. "...polizia". A única coisa que consegue entender dos dois. Os vultos desaparecem. Eduardo fica ali por mais 5, 10minutos. A porta ao seu lado se abre e a luz toma conta do banco traseiro."É a polícia. O senhor está a salvo, pode vir com a gente senhor...".
Sem reação e com um cigarro na boca, Eduardo senta na parte de trás do camburão. A paramédica o examina e joga seu cigarro no chão.
-Era meu último...
-Cigarro faz mal para a saúde.
-Eu tenho um maço no carro...
-Não! Você não pode sair daqui.
-Garoto...tome, pegue um dos meus. Esses médicos não sabem de nada mesmo.
-Obrigado.
-Sabe...você deve ter um grande inimigo. Essa é uma área policiada. Houve um assassinato a alguns dias, a polícia não sai daqui!
-Não tenho inimigos. Mas...quem é o senhor?
-Edgar Almeida, mas pode me chamar de Ed, Detetive Ed. Temos que conversar filho.
Agora ele tem certeza que se fodeu.
just..enjoy.
3 comentários:
yes!!!
continuação
to gostando da história
tá bem escrita
parabens
heheheee...
preciso escrever maaais!!!
=/
Tá complicado o tempo pra mim...
Então somos dois, esses dias tive uma idéia super legal de estoria e deixei pra escrever depois, hahaha
n tive tempo e acabei esquecendo, só lembro q eu tinha gostado da idéia
puff!!!
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