segunda-feira, 17 de março de 2008

Minhas breves vidas


Minhas vidas complicadas, arrojadas, sinceras e amarguradas.
Nada de teatro, a pura essência da vida em seu sistema mais simples:
Inspirar e expirar, inspirar e expirar.
Digo a vocês que lembro de tudo, todas as minhas vidas.
De cada primeiro passo que me aventurei a tentar, de cada beijo desapaixonado que me deliciei e de cada falta de ar que senti nas minhas mortes. Se eu fosse um pensador arrojado isso seria algo a se falar...
Se eu fosse assim, ótimo escritor e bom com as palavras eu diria, aliás, não digo conclusões, reflito apenas. Voltando ao assunto, diria-lhes sobre o momento em que morremos, como completa o cansaço de viver e finaliza nossas vidas com um belo ponto final, sem começo de outro parágrafo posterior. Simplesmente viver é lindo e morrer é o ápice do sentido de viver, é o segundo que nos sentimos mais vivos. Mas não sou esse pensador tão bom assim para dizer essas coisas (quem dera). Então vou dizer de minhas meninas e meninos, velhas e velhos, jovens e complexos seres em que me fiz crescer:
Quando eu era garoto...
Não, não!
Quando eu era um moço...
Ah! Não sei por qual vida começar...
Bem, acho que vou me deliciar com uma gulosa (o incrível ronco que meu estômago desenvolveu agora me fez lembrar dela):
A menina gorducha
Descalça caminhava todo dia, bela branquela.
Coração de plumas, ingênua sorria.
Chamava-se...Deixa-me ver se me lembro...
.....................................................................
(depois de 847.237 dias)
Não me lembro não! Ela foi umas das minhas primeiras vidas, vou chamá-la de “como” me lembro dela: A investigadora.
Pq? Bem, esta mocinha tão simpática investigava sabores, não conseguia parar, queria saber do que era feito aquilo e isso para depois, adivinhem só! Comer.
- Mãe pq a nossa casa não é feita de doce como a do João e da Maria?
- Mãe pq os carros não são feitos de doces? Para quando chegássemos no destino, poderíamos descansar nos deliciando com a comida de que fizemos o carro. E é claro, se um velhinho passasse na rua eu daria um pedacinho pra ele.
- Mas só um pedacinho.
- Pára menina, você vai ficar de castigo!
Chorona a menina diz:
- Mãe, ô mãe, manhê!

- Pq você não me coloca de castigo num quarto feito de doces? Prometo que não vou sair de lá...

Ainda racho o bico quando lembro dela, espero que tenham se deliciado com a bela branquela, pois, eu, ah! eu me deliciei muito quando era ela, o prazer da gula materializado em uma menininha.
Despeço-me para ir comer algo (eu avisei que minha barriga fez um ronco) e enquanto me delicio tento lembrar de outra breve vida que tive...

...il propage ses ideias...

7 comentários:

luuu disse...

Sabe, não como muito doce...


mas concordo com a menina, ao querer um carro com o mais rico açucar que um confeiteiro, ou que nós mesmos possamos fazer!


=)



mas não daria ao velho, vai que ele morre de Diabetes, me sentiria um tanto...culpado!

Sah disse...

o proximo personagem vai ser um garoto q gosta de coisas salgadas entao
o nome dele vai ser?????
lucas
hahahah


* morre de diabetes nada, vc que quer comer tudo sozinho
=)

luuu disse...

huummm..se falar sobre coxinha demorooo..uhauahua



*tá adimito..sou gordinho mesmo, e daí???
=)

Sah disse...

gordinho?
haha
para de ser modesto
vc é uma bola ambulante
hahaha
=?

Bok disse...

deu fome
rs

Sah disse...

escrevi e fui comer
rsrs

luuu disse...

Depois eu q sou a bola ambulantee!!!
=/


hahuha