sábado, 1 de março de 2008

Senta que lá vem a história - Prt. 9

-Caio. O que está escrito ali?
-Onde?
-Ali ó!
-Não sei da onde você está falando. Copia do meu.
-Mas a sua letra é feia!
-Então não posso fazer nada por você.
-O que está escrito aqui?
Bruna abaixa e mostra seus seios muito bem guardados por um sutiã branco de renda. No momento que abaixa ela olha fixamente para os olhos de Caio, abre um sorriso, olha seus seios amostra, olha para Caio novamente e continua sorrindo. "Vagabunda!" pensa ele. A menina mulher toma seu caderno, coloca a caneta na boca e de um jeito sexy faz um barulho de compreensão.
-Brigado meu amor.
-Que isso.
-Certo pessoal, semana que vem peguem o livro base na biblioteca. Teremos um exercício de fixação. Diz o professor Pedro.
-Caio, vamos tomar uma cerveja?
-Poxa, to sem vontade Bruna. Acho que vou comer um dog, sei lá.
Caio sabia que a fumaça da chapa deixava todos com cheiro de gordura. E Bruna odiava isso.
-Acho que vou com você. Não comi nada o dia inteiro.
Ele se enganou.
-Tá de regime?
-Tive um dia corrido. Mas você tá me chamando de gorda?
-Você ouviu essas palavras saírem da minha boca?
-Grosso! Estúpido!
Algo vibra em seu bolso. Caio fica feliz, pois assim ficaria livre de Bruna por alguns instantes. Mas ao olhar no visor do celular, sua felicidade acaba instantaneamente.
-Oi.
-Oi meu amor, tudo bem?
-Quem é?
-Vai se foder Caio, você sabe quem é.
-Oi Vivi's.
-Meu amor, to com saudades de você. Eu vou na sua faculdade te ver agora.
-Não. Tenho aula de...de...de...estudo da propaganda. E é complicada essa matéria.
-Ah! Tudo bem, eu vejo a aula com você.
-Sabe o que é...não posso me desconcentrar.
-Ok, então te vejo no final da aula. Vou estar no bar.
-Não posso ficar no bar, tenho reunião amanhã. Meu diretor vai fazer uma apresentação e vou ajudá-lo. E tenho que ir de ônibus para casa, hoje era meu rodízio.
-Eu te levo para casa.
-Não quero te incomodar.
-Não é incomodo, namoradas servem para isso meu anjo.
-Namorada? você diz tão diferente essa palavra.
A entrada da faculdade era como um jogo de futebol, mas não da liga inglesa. Parecia um clássico entre Corinthians e Palmeiras. Vendedores de pipocas, batatas e churros disputavam lugar com pessoas fumando, comendo nas barracas que preparam lanches porcamente, carros passando e todos os tipos de universitários indo e voltando dos bares. Então uma voz familiar faz a pergunta de um milhão:
-Onde a gente vai comer meu amor?
-Quem tá aí com você?
-Tem um monte de gente aqui.
-Não, falaram com você! É aquela vagabunda loira não é? Desgraçada gorda, vadia! Você vai comer o que Caio? Ela?
-Não, um dog. Você quer?
-Para de ser irônico. Ela vai acabar com nosso relacionamento como já fez uma vez.
-Lá vem o drama...
-Caio, desliga o telefone e vem comer meu anjo, vai ficar frio seu dog.
-Eu vou matar essa menina!
-Vivi tenho que desligar, preciso pagar o dog, comer e ir para a aula.
-Você não me ama mais!
E começa o drama conhecido por todos. Ela chora, grita, esperneia. E Caio?
-Boa noite Vivi, Beijão.
Caio desliga o celular. Já está calejado dos chororos. Com uma mão pega o dog e com a outra paga os dois com uma nota de 10.
-Você pagou pra mim?
-É.
-Por isso que gosto de você.
-Por quê te paguei um dog?
-Não, por ser cavalheiro. Mas faço questão de pagar, to com o dinheiro no meu carro.
-Que isso, não precisa...
Seu bolso vibra novamente. Com o pensamento em Vivi, ele deixa o celular tocar algumas vezes com a esperança que ela desista. Mas se irrita rapidamente com a vibração e o atende:
-Fala meu Deus...
-Nossa, desculpa. Sabia que você era um homem ocupado, que falava com gente importante, mas nunca imaginei você falando com Deus.
-Quem é?
-Carol.
Seu coração salta pela boca assim como um sapo pula para a água em pleno verão. Não sabe se presta atenção na rua, no dog ou em Bruna.
-Tudo certo?
-Tudo sim. Te liguei pra saber se está tudo bem. Da última vez que conversamos você estava meio estranho.
-Não, to bem sim. E sua perna?
-Tá em ordem. Você ficou preocupado com a minha perna e o mínimo que poderia fazer era retribuir a preocupação.
-Que isso.
-E a Namo?
-Quem?
-A namorada.
-Ah, não namoro não. Aquilo foi um mal entendido.
-Hum, entendi.
-E seu namo?
-Bem, preciso voltar pra aula.
-Tá no intervalo aí também?
-Não, to em aula mesmo.
-Nossa você acertou o horário do intervalo daqui ein.
-Tenho amigos que estudam ai. Bem, tenho que ir, beijinho.
-Espera.
-Oi.
-Todas as sextas me reuno com uns amigos, num bar perto da Pamplona. Você poderia aparecer sexta, o que acha? Estamos lá a noite inteira.
-Veremos. É que eu tenho que resolver algumas coisas.
-Ok então, boa aula.
-Beijinho.
-Beijo.
Caio desliga o telefone como se algo de ruim tivesse acontecido. A fome passa. Bruna já está no fim de seu dog quando chegam a sala.
-Quem era?
-Uma amiga.
-Não vai comer?
-Não, você quer?
-Hum...quero vai.
-Que gordinha!
-Para. Vou me sentir culpada. Pode deixar que pago esse dog pra você também.
-Não precisa.
A aula foi sem sentido. Na verdade tinha sentido, todos riram dos vídeos, das estratégias adotadas pelos mercadólogos. Mas Caio estava pensativo, e triste com o telefonema. "Ela te ligou, você deveria ficar feliz!" Uma voz em sua cabeça repetia isso para ele. "Deve ser um problema de trabalho, ou da facul". Mas o garoto continuava pensativo.
Na saída Vivi não estava presente. Caio passou na frente do bar com Bruna, que insistiu em pagar os dogs para ele. Como onde ela tinha estacionado era caminho para o metro e a menina disse que daria uma carona para ele, Caio a acompanhara só por interesse. Seria um dia longo amanhã.
-Tá aqui o dinheiro.
-Já disse que não quero.
-Mas quero te pagar Caio!
-Já está me pagando, você vai me dar uma carona até o metro.
-Te levo pra casa, pode ser? Você vai ficar cansadinho.
-Um dog vale tudo isso?
-Vale.
-Cansado eu já to. Hahaha você quis dizer que vou ficar tenso andando com você né!
-Engraçadinho, não...cansado mesmo.
Bruna puxa a blusa e ela cai como um prédio implodido, seus lindos seio ficam amostra. Ela pula em cima de Caio como uma leoa. Como um vampiro buscando a última gota de sangue de sua vítima.Ele tenta escapar mas é em vão. Ela sabe exatamente o ponto que o paralisa.
-Quietinho meu amor.
-Bruna, eu tenho que acordar cedo amanhã.
-Prometo que irá dormir como um anjo depois que eu cuidar de você.
-Para com isso Bruna.
-Adoro quando você banca o difícil. Eu sei que você me quer, se não, não teria vindo comigo até o carro.
Em um pouco ela estava certa.

just..enjoy.

5 comentários:

Unknown disse...

devo dizer, amigo.

você melhorou pra cacete nos ultimos tempos

Sah disse...

o o
<
---

cana e açúcar disse...

ahiuhiuhia!

luuu disse...

prefiro caropreso!!
mas nao sei onde ví que seu nome era vinícius tbm..
aah..seu curriculo.. =]

Bem...isso quer dizer o q?
q melhorei ou q vc tá sendo irônico??

=]

Sah disse...

eu concordo q vc melhorou
=)