segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Senta que lá vem a história - prt.5

Estavam em quatro carros, 11 rapazes e 4 meninas.Namoradas. Todos se reuniram na frente do estacionamento em que deixaram os carros. 20 reais foi o mais barato que acharam, mas não procuraram muito, pois a maioria eram cliente do estácionamento e batia o cartão todo final de semana.
- Caio!
Uma voz estridente soou de longe. Era Mari, amiga da turma e uma das muitas que Caio já tinha beijado. Estava de vestido verde, Scarpin e bolsa preta com paetês. Vestimenta bem típica dela, que gosta de arrasar em todas as ocasiões. Atrás dela vinha Daniela e suas amigas.
- Meu, quanto tempo!
- Né? Tava com saudades de você!
- Ah seu filha da puta, por que não me ligou então?
- Não tenho seu telefone.
- Como não? então anota!
Seguindo para o barzinho se vê muita coisa interessante. Existem carros de todos os tipos passando na rua, pessoas altas, magras, gordas e baixas. Mas nada de franjinha ou vestido branco. Coisa que deixou realmente Caio na "Bad" por alguns segundos. Durou até avistar Vivi.
- Oi Vi, tudo bem?
- Melhor agora com você amor!
Ela era morena, 1,60 de altura, peituda e bunduda. Na verdade seu corpo era perfeito, sem um defeitinho, e com uma barriguinha impecável. Vestia uma sainha e uma regata colada que definia mais seu corpo. Toda delicada e fresca, todos paravam pra olhar a beldade.
- Nossa, antes você era melhor, só me falta soltar a do pirata!
- UAHUAHHA. Não vai me dar um beijo? um bem gostoso?
- To com preguiça.
- Tá com preguiça Caio, tá com Preguiça?
- Tá brava?
- Eu venho até aqui pra te ver e você não me dá nenhum beijo?
Seus olhos começam a enxer de lágrimas e suas bochechas ficam coradas. Pra não rolar uma ceninha, coisa que Vivi adora, Caio da um beijo em seu rosto. E ela retruca:
- No rosto?
- E você queria aonde? na testa?
- Ah, como vc é grosso Caio!
Ele abraça a pequena e da um beijo que todos que passam por ela querem dar.
- Vamos entra aê pessoal? diz Renato.
- Demoro vamo aê. Diz Patrão com um sorriso no rosto.
Ele era forte, bonito, atlético e trabalhava em uma loja no shopping onde seus olhos azuis vendiam mais que ele. Quando Patrão estava desempregado e surgiu uma oportunidade, Caio o encaixou na loja em que trabalhava. Desde então, ele é um sucesso.
Pegaram uma mesa grande. Estava em mais de 20 pessoas. Depois de muita cerveja, muita resenha e muitas risadas o pessoal começou a ir embora. A conta deu em volta de 570 reais e todos fizeram a vaca do dinheiro e a do cartão pro pagamento.
Já na saida os casais estavam juntos. A maioria da mesa estava com alguêm da turma, e quem não estava já tinha ligado para encontrar a namorada ou namorado. Foi quando Vivi falou:
- Cainho...
- Fala Vi.
- Quer dormir em casa hoje? não tem ninguém.
- Ah sei lá amor, você quer que eu vá?
- Claro, a gente fica em baixo das cobertas abraçadinho.
- Uhm, que coisa gostosa, acho que vou ein.
- Vamos então.
Vivi pega no braço de Caio e começa a arrastá-lo para fora.
- E suas amigas?
- Elas se viram, vamos!
Depois de 15 min. eles chegam na casa de Vivi. Um casarão que cabe 5 carros na garagem, tem piscina, churrasqueira, salão de jogos, hidromassagem, e mais um monte de coisas que Caio ainda não conhecia.
- E seus pais amor?
- Foram pra Portugal ontem, só voltam na segunda.
- E o Juninho?
- Na balada. Eu expulsei ele de casa, só volta amanhã a noite e eu saio, vou pra casa da Mi.
- Vocês se entendem bem demais pra serem irmãos.
O jardim era uma coisa muito bonita, tinha um banquinho no meio do gramado, e dava para ver a lua sorrindo. Viviane entra para pegar uma cerveja e uma coberta. A noite estava perfeita para olhar-se para o nada, na esperança de algo acontecer a sombra do luar.
- Amor...
- Oi.
- Você..me faz..aquele cafuné que só você sabe fazer?
O pedido saiu como uma súplica de carinho. Uma coisa tão espontânea e bela que era impossível de ser recusada.
- Claro, deita no meu colo.
Seu cabelo era a coisa mais macia que Caio já tinha encontrado. Sua pele de pêssego era inconfundível. Seu cheiro inexplicável.
- Você ainda me ama?
- Já falamos sobre isso, lembra?
- Mas amor, eu te amo!
Sua voz de choro era inconfundível também. Outra ceninha.
- Caio, é aquela vagabunda não é?
- Amor...
- A da sua sala...como é o nome? ah, Bruna!
- Amor...
- Filha da Puta, aquela vaca me paga.
- Dá pra parar ou vai ser difícil? não tem ninguém amor. Só...não é do mesmo jeito depois que terminamos.
- Me fala o que tenho que mudar, por favor! Eu mudo, mudo por você.
- Você disse coisas, eu disse coisas. Vamos esquecer essa história tá?
- Está bom, mas não esquece que eu te amo.
Ela volta a encostar sua cabeça no colo dele, suspira forte. Seu coração bate alto, parece relógio. Dá pra se contar as batidas sem se quer colocar a mão nele. Mas o de Caio, continua gelado, e pensando em uma só coisa.
- Está frio, vamos pro meu quarto amor, to cansadinha.
- Beleza.
- Vou te fazer uma massagem gostosa, e depois...ah, depois vemos o que fazer.
Esse sorriso Caio já conhecia. Era um sorriso que você encontrava em qualquer cabaré de São Paulo. Até um cego veria em seu olhar, o que ela estava dizendo, e querendo.


just..enjoy.

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