sábado, 10 de novembro de 2007

Senta que lá vem a história - prt.1

Andava a passos largos. Estava atrasado novamente para a reunião com seus amigos. O pico era o mesmo, um barzinho na Paulista, perto da Pamplona. Eram só três amigos dos velhos tempos, nenhum casado ou rico, mas todos bem de vida. Se encontravam todas as sextas, aproveitando as aulas chatas da faculdade para ir pro bar.
Não demorou muito e o telefone tocou, era Gabriel. Sujeito de personalidade forte e questionador. Queria saber onde se encontrava o amigo, e claro, não estava muito feliz no telefone:
- Onde você está?
- Estou chegando, dois minutos estarei ai!
- A cerveja vai ficar quente e a batata fria, vem logo se não vo come a sua parte. Não se esqueça que você...
O celular se desprende da mão como se tivesse criado vida, uma sombra branca passa como um fantasma, livros caem junto com cadernos e bolsas. Uma voz cintilante pede desculpas, Caio abaixa-se e começa a procurar seu celular. Mas descobre que sua bateria foi parar na boca-de-lobo.
- Desculpe não te vi, diz Caio.
- Ah, que isso só não posso perder esses papeis.
Ela corre para pegar anotações, assim como as pessoas correm para pegar seus guarda-sóis quando venta na praia. Caio a ajuda e ao levantar a cabeça, fica maravilhado com que vê. É simplesmente... bem, ele não tinha palavras só gaguejava, mas não vou colocar isso aqui. Seria no minininimo constrangedor.
Vestido branco, sapatinha vermelha, jaquetinha jeans e um lenço no pescoço fizeram Caio perder as palavras e ficar sonhando acordado. Deu os livros pra menina, procurou montar seu celular sem bateria, quando percebeu que o joelho dela estava machucado. Como todo bom cavalheiro, se apressou e disse:
- Quer que eu te leve no médico?
- Hã? médico?
- Você está sangrando, desculpe foi culpa minha.
- Que isso, não foi nada. Estou meio atrasada, desculpe.
Ela atravessa a avenida correndo. Caio fica olhando até se lembra que seus amigos o esperam. Correndo, não mais andando, a Paulista parece muito com Nova York onde passou 1 ano com seu tio. Chegando no bar avista seus amigo em uma mesa, com uma cadeira vazia, praticamente com seu nome nela. Ele olha para o relógio.
- Não vai me dizer que se perdeu em São Paulo, diz Fernando.
- Desculpe a demora, tive um probleminha.
- Probleminha? foi assaltado?
- Claro que não Gabriel.
- Então por que raios desligou na minha cara?
- Eu trombei com uma linda garota, acabei machucando-a, seus livros cairam, e ela é linda!
- Quanta informação mal passada ein!? diz Fernando.
- Mas é um galanteador, diz Gabriel alto e irônico. Ficou de papo com uma Chica e desligou na minha cara!
- O celular caiu, e perdi a bateria.
- Beijou ela pelo menos? diz Felipe.
- Eu trombei sem querer, não tive intenção.
- Certo, deixe o romance de lado, peça mais cerveja, sim! Nesse ponto, Gabriel estava realmente contrariado.



just..enjoy.

Um comentário:

Anônimo disse...

Foi um bom texto, terminado as 3 da manha que vc não quis ler pra mim =]