quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Um novo começo?

Passaram mais de um mês. Nada de russos, italianos, japoneses ou colombianos no seu pé. O mar parecia mais azul. O sol mais brilhante. E as garotas mais belas. Começou a fazer yoga todas as tardes. Deu um novo rumo a sua banda. Sua vida estava muito boa. E o sucesso começou a aparecer. Estava Fluindo como um rio.
Estava tomando uma cerveja em um bar beira-mar no Guarujá. Olhava para o horizonte e escutava sua banda predileta. Buscou a perfeição nas estrelas. Tirou o carro da vaga e o colocou na areia. Ligou o som e deitou na areia. Incubus era o que tocava e isso embalou os pensamentos do jovem aquela noite. A vida mudou. Mas por quanto tempo?
Existia um favor. Na verdade dois. Um a ser cobrado e outro a ser feito. Mas procurava não pensar nisso no momento. Sua mente era igual o céu, aberta. Seu telefone toca. Mirela sua vizinha no Guarujá. Depois de algum tempo ela se junta a ele. E trás consigo uma garrafa de vinho francês que roubou da adega de seu avô.
Entre goles de vinho e risadas, ele percebe como o cabelo dela mexe. Como o formato do rosto dela é perfeito. Como seu sorriso é lindo e como seu coração bate um pouco mais acelerado. Faz tempo que isso não acontecia. O único motivo para que seu coração batesse mais rápido era a adrenalina da morte. Mas não essa noite.
Todos tem uma vida difícil. Mas cabe a nós termos momentos de alegria e felicidade. Nem para o maior imperador, nem para o mendigo a vida é fácil. Mas todos temos que sobre sair aos problemas, e levantar a cabeça como um gesto de luta. É isso que o mar faz, nunca se cansa de bater na costa, mesmo que bata em pedras, para beijar nossos pés.
E com esse pensamento o garoto teve sua maior descoberta. Descobriu que pode achar um pingo de esperança em um mar de decepção. Descobriu que todo o mal pode ser suportado. Que o céu é imenso e o mar é manso. E descobriu que não era só o seu coração que batia mais forte aquela noite.
Um carinho no rosto. Um gole de vinho. E um beijo perfeito. Tornaram aquela noite memorável. Foi um toque sutil apenas. Não rolou mãos bobas e nem sexo. Apenas um beijo e o calor dos braços. Por um momento ele quis chorar. Sentia que nada na vida valera a pena. Só aquele momento. Mas se ele chorasse, não se chamaria Eduardo.


just..enjoy.

Um comentário:

Sah disse...

ficooo mto boaaa, deu pra sentir como se fosse ele