Agora deixo nas mãos de vocês uma simples pergunta: O que vocês acham da história? É uma boa leitura ou somente uma perda de tempo?
Desde já agradeço a todos e aviso que esse mês não postarei a 11ª parte da história.
Aguardo respostas.
Cabelos na cara, sempre de vestido, tamanho mínimo e se achando grande
Pele de leite e olhos da cor do céu.
Criada entre tias gordas e simpáticas,
que a fazem sentir-se mimada
E mesmo crescida querer deitar nos grandes travesseiros feito dos seios de suas tias quando está triste,
sentir o batuque do coração e escutar aquele som confortando-a,
quando não é possível, fecha os olhos e imagina.
E a imagem a faz sentir conforto.
A menina vermelha,
que quando nasceu aprendeu a fazer cara de anjo para conseguir as coisas,
depara-se com uma vida que não amolece com seu rostinho.
Tudo na vida que ela quis sempre conseguiu,
mesmo sem se esforçar, só acreditando.
Agora que não tem tudo em sua mão e que não consegue acreditar em algos,
se vê desesperada,
e nesse momento ela descobre coisas que ninguém nunca vai saber
e lembra de suas tias,
todas em volta dela apertando suas bochechas e trocando palavras com sua audição, a fazendo se sentir amada de um jeito que não imaginava que era daquele jeito,
não até sentir falta.
E as crianças?
Aquela renca de remelentos que a faziam sentir-se maravilhosamente igual a todos e especialmente diferente e única.
Que saudade!!!
Que frio que sente aqui, mesmo neste calor, está sozinha.
Para quem cresceu entre muitas criançinhas,
e encarava adultos como gigantes, e as portas como enormes entradas,
e seus sapatos sempre eram um par de três.
E ela imaginava de onde apareceu o terceiro sapato repetido de uma lado do pé!
Quando apertava os olhos via cores,
será que os cegos podem ver isso também? não precisa ter capacidade de visão realmente!
Um dia
Chorou porque queria levar o mendigo pra tomar banho em sua casa
Comer em seu prato,
dormir em sua cama.
Fez um plano,
de como ajudar crianças de rua.
Deitou na enorme cama no quarto dos pais,
arrastou os cabelos da cara
e simplesmente pensou que se ganhasse muito dinheiro poderia comprar uma casa grande e colocar as crianças ali,
lá elas iriam se dividir, metade delas fariam comida e cuidariam da casa, a outra metade iria trabalhar em reciclagem pra manter a casa, pronto, tudo resolvido
Dia seguinte:
Deitou na mesma cama e chorou muito porque tinha tomado seu primeiro NS.
Mal sabia ela que a vida ia ser muito mais severa e quantos NSs daria pra menina.
Morria de medo de ficar sozinha,
e morria de vergonha de dizer que tinha medo.
Gostava de filmes de terror
e queria mandar em tudo, onde podia meter o bedelho, lá estava ela de enxerida, rebeldezinha desde criança.
Quando maior,
reconheceu que não era um exemplo de obediência, gostaria de ser sinceramente, mas não era.
Não é fácil mudar.
Vivia correndo e se machucava frequentemente,
mas não ligava muito
Dormia com a irmã mais velha que praticamente a esmagava
deixando ela toda noite sem ar para dormir,
mas nenhuma vez reclamou,
Não é porque parece ruim que realmente é ruim.
Amava bonecas, principalmente as que eram quase do mesmo tamanho que ela,
era brava,
sempre se “destacava” por ser desastrada.
Desenho era com ela mesmo e animais?
Ela sonhava em ter um cachorro
Mesmo sem poder, então pegava o cachorro da vó de porcelana
pé ante pé e o levava pro jardim e se divertia
Depois colocava em cima da TV onde o encontrou
Tomava cuidado!
Bem
A menina cresceu...
...na idade
Continua querendo ajudar mendigos
Mas hoje precisa primeiro se ajudar.
Aprendeu isso, não dá pra ajudar outra pessoa se você não pode se ajudar.
Então,
na situação que esta,
fechou os olhos.
Pensou nas confortáveis e macias tias
e no jardim onde adormecia debaixo da sombra da árvore da Vó,
no qual o sol passava entre as frestas das folhas formando um perfeito chão morno
E adormeceu...para acordar triste na próxima manhã.
..il propage ses ideias..
O que tem valor cultural? O artista ou sua obra? Quero dizer, é claro que a obra artística que vai integrar na cultura, seja esta obra: quadros, textos ou simplesmente um conceito. Mas como as obras são graduadas? Pelo seu valor único e conteúdista ou pela sua autoria?
Suponhamos que o Rei Roberto Carlos fez uma linda canção sobre o Brasil ganhando méritos pelo feito. Agora vamos pensar se o seu Joaquim da vila que inspirado escreveu esta canção ao invés do rei, se ele receberia tamanho reconhecimento, ele teria a mesma divulgação? O amigo dele elogiaria o autor se soubesse que foi escrito pelo “rei”, porém não daria tanto crédito ao amigo cantando pra ele. Algo a se pensar... Realmente precisamos refletir sobre o que é uma arte e julgá-la por si e não pelo seu autor. A arte não respira e não se explica. Será que tem o devido julgamento?
R. Mutt já discutia o reconhecimento de arte quando chamou o seu famoso mictório de arte (para se ter uma idéia de que desde muito tempo isso está em discussão), mas aqui vamos discutir outro problema da arte.
Podemos chegar na conclusão que o reconhecimento de uma obra depende da pessoa que a fez, obviamente que tem suas exceções mais aqui estou comparando ao valor que damos em algo feito por um famoso e por um anônimo.
Hoje em dia temos dons diversos em um país mais diverso ainda e alguns desses dons encontram um espaço para florescer e conseguem atenção com o passar do tempo, porém a popularidade conta muito para uma obra ser reconhecida, o valor cultural é feito de nomes de pessoas e não propriamente de obras, aliás, não estou tirando o reconhecimento de alguma obra, mas basta algum ser fazer uma obra que seja reconhecida (seja por merecimento ou não) que ela será valorizada, porém todo seu crédito ira para o nome do autor, e automaticamente transmitirá valor para as consecutivas obras deste, é a grande influência de uma pequenina assinatura em algum canto da obra. É o tipo situação típica em que muitos praticam: uma pessoa olhando para obras em uma exposição comenta que achou tudo um conjunto de coisas feias, seu amigo ao lado simplesmente diz ”até parece, foi...o autor que fez esta obra “, e aquela pessoa começa a observar novamente a obra e simplesmente do nada encontra beleza em uma questão de segundos. Se observarmos essa cena típica como paramos para observar uma arte, levando em conta somente ela e não seu autor, pode-se chegar a conclusão que a popularidade influência na arte como ponto positivo ou não. E se todos parassem de assinar suas obras? quantos artistas maravilhosos estão desconhecidos e nesse caso teriam a mesma chance que qualquer outra pessoa, não tiro a grandeza dos artistas afamados, eles realmente são ótimos no que fazem para chegar aonde chegaram (ou só foram ótimos uma vez), mas existe um exagero em alguns e falta de reconhecimento em outros de igual ou melhor escala.
Será que aquela fotografia faria tanto sucesso se não aparecesse em um comercial o titulo de ”o melhor conjunto de fotografias feito pelo renomado...”! Como seria a venda de produtos se o próprio artista devesse trabalhar vendendo suas músicas para que sua arte seja aplaudida?
Encontramos dois problemas nesta parte do texto: a diferença em que todas as pessoas são julgadas, ou melhor, a indiferença com que algumas pessoas são vistas, a mania de titular e elevar alguns humanos mortais, observando aquele ser e o admirando, querendo ser igual, mas não olhando para seus próprios olhos e enxergando o seu dom, quantos amigos me mostram maravilhosas obras que vazam um talento que deveria ser expandido, as pessoas fazem heróis para acreditar e esquecem que existe um herói dentro de si.
O problema: O EGO. Todos os artistas querem ser reconhecidos pelas suas obras aumentando seu orgulho próprio, e alguns até se vangloriam com as maravilhas que fizeram o favor de emprestar ao mundo, iluminando-o com seu primor.
Se as obras fossem avaliadas não levando em conta as letras de uma assinatura, todas obteriam o mesmo direito de avaliação de conteúdo, e assim o mundo alcançaria uma incrível igualdade entre as pessoas, ou melhor, uma justa concepção de cada arte,mas isto é só uma alternativa. O mundo infelizmente está longe de ser igual e as pessoas mais infelizmente ainda estão longe de quererem igualdade.
...il propage ses ideias..