segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Senta que lá vem a história - Prt. 7

O carro já estava fora da garagem quando seu telefone tocou. Não era dele. Vivi tinha ganho esse carro ano passado, mas já tinha inventado desculpas para vende-lo. Queria algo mais bonito, que mostrasse poder. Mas o número não lhe parecia familiar.
-Oi.
-Oi.
-Então...quem é?
-Ah, desculpa. Caio?
-Quem é?
-Carol. Sabe, a menina que você deixou quase manca.
-Hahaha, machucou tanto assim?
-Claro que não, to brincando. Eae como você tá?
-Bem, bem...e você?
-Tudo joinha. Sabe, achei seu telefone e resolvi ligar.
Bem, vamos analisar o fato. Ele não deu o telefone para a guria, portanto ela foi atrás e pegou com alguém. Se ela achou o telefone, bem...devia estar procurando, certo? Então ela estava preocupada? Não teria motivos. Mas a preocupação na verdade, era pra Vivi não saber o que estava acontecendo.
-Tá ocupado? posso ligar outra hora se você quiser.
-Não, não...claro que não.
Ele escuta um bip em seu celular. Isso quer dizer que há outra ligação.
-Ah...um momento carol, vou atender a outra linha rapidinho.
-Ok, mas seja rápido ein menino! hahaha
-Serei.
-Alô.
-Oi filho, já tá vindo?
-To sim, em 10 min. eu chego ai mãe.
-10 min.?
-É, to na casa da Vivi. Daqui é rápido!
-Vocês voltaram? Não, melhor, traga ela com você, sim.
-Não mãe!
-Não pra voltar ou pra trazer?
-Pros dois.
Nesse momento Vivi entra no carro. E começa a falar. Coisa que sempre fez pra querer saber quem estava no telefone e pra deixar bem claro q estava acompanhado.
-Perae Vi.
-Ela está ai? Deixa eu falar com ela!
-Não!
-Caio. Não diga não para a sua mãe. Passa essa merda de telefone agora!
-To Vi, rapidão vai.
-Alô...Oi tudo bem com a senhora?...claro...adoraria...brigada...já estamos indo tchau.
-Sua mãe me convidou pra almoçar com vocês.
-Me dá o celular rápido.
-Calma Caio.
-Alô, alô...
-Oi, tava dormindo aqui já.
-Hahaha, desculpa, que falta de educação...
-Então Caio, agora que a gente voltou...minha mãe vai ficar super feliz...
-A gente voltou? Hahaha, quem te disse isso? Bem, já já converçamos.
-Ah, você deve tá ocupado mesmo, bem...não vou mais atrapalhar. Beijo e...boa sorte com o namoro.
-Espera...
Ela desliga o telefone. A raiva de Caio é tanta que só falta matar Vivi. Mas a felicidade dela é radiante. Faz tempo que ele não a via daquela maneira. Quando terminaram ela quase entrou em depressão, não comia, não saia de casa...
-Vai, vamos logo.
-Claro meu amor, já vamos.
-Meu amor? A gente não voltou.
-Mas você tá me levando pra almoçar com a sua família...
E volta a voz de choro.
-Minha mãe te convidou, não eu.
-Filho da puta! Te odeio!
E começa o chororo.
-Você não me ama. Só quer fazer sexo comigo. Filho da puta. Por que não sai da minha vida? Te odeio!
"Por que não sai da minha vida?" isso bate como uma pedra no peito de Caio. Foi a mesma frase que...bem...
-Vi...a gente já conversou sobre isso. E além do mais, você é minha amiga e...vamos almoçar como amigos.
-Mas...não quero ser sua amiga Caio. Só você que não entende isso.
-É eu sei. Eu sou um Filho da puta. Me desculpa.
-Amor, eu te amo!
-Eu também.
-Sério?
A frase proibida. A que Caio odiava usar, principalmente com Vivi. Cara que burrada. Seu choro para. Ela abre um sorriso e pula em cima dele.
-Eu sabia, eu sabia!
-Posso dirigir amor? Estamos atrasados.
-Claro meu amor! Tudo por você.
-Obrigado.
A única coisa que Caio pensa é porque foi falar aquilo.


just..enjoy.

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