sexta-feira, 29 de maio de 2009

Soneto sinestésico.

Seu perfume ficou em minhas mãos.
Volto pra casa contente, enfim.
Sabendo que, pra você nem sou.
Me contento em sonhar, e sonho.

Sonho mais uma paixão,
Deixo-te entrar em mim.
Contando que vá comigo onde vou
em meu pensamento, proponho.

Caso não queira, deixe-me,
basta seu cheiro em mim
para que eu fique bem.

De fato, de nada queixo-me,
porque, tendo-te assim,
tenho o que ninguem tem.


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Álvaro de Campos disse:
       "Todas as cartas de amor são 
       Ridículas. 
       Não seriam cartas de amor se não fossem 
       Ridículas."

Deixem-me apaixonado e ridículo então, uma vez.

Um comentário:

luuu disse...

"Deixem-me apaixonado e ridículo então, uma vez."