domingo, 25 de janeiro de 2009

A correria...

O vento corta meu rosto. Não sei exatamente o motivo de todos andarem rápido, mas sei o meu de fumar. Quero que tudo pare um instante, para poder apreciar a paisagem, mas claro que isso não vai acontecer. Termino meu cigarro e arrumo a máscara. Pedi aos céus para me guiarem, pedia ao inferno para esperar mais um pouco. Logo terão o que mais querem.
Sou procurado por ser um justiceiro. Por matar um homem. Mas sou suspeito, aos olhos da justiça, de mais crimes. Claro que já fiz mais do que dizem. Mas algo me diz que estou chegando no final da linha. Talvez o mundo mude, ou pare. Talvez as pessoas fiquem boas. Talvez não haja injustiças. Talvez não hajam crimes. Mas não esta noite.
Um menino compra uma pedra de crack e fuma com os amigos. Logo, ele vai roubar para comprar mais. Mas no momento certo, e só haverá um, eu apareço.
-Ei pivete.
Ele me olha com uma cara de espanto.
-Quer roubar?
-Polícia! Você está preso!
-Com licença, estou fazendo o meu trabalho.
-Você está preso.
-Por quê está tremendo?
-Não se aproxime!
-São poucos passo, prometo que paro antes de...
-Do que?
-De pegar a sua arma.
Desvio do raio de visão da arma. O tiro é disparado. Tenho apenas alguns segundo para tirar a arma dele. Com um soco eu o derrubo e pego a arma. Ele me joga no chão e começamos a lutar. A rua está molhada e fria. Uma outra voz vem em minha direção. Mas não consegui entender. Logo depois um disparo me acerta nas costas. Meu reflexo e apenas pegar a minha arma.
Tomo outro tiro, agora no peito. Eu miro e revido a agressão antes de cair. Respiro fundo e penso... "Você está de colete, não aconteceu nada! Você está de colete!" Eu procuro me levantar mas levo um soco. Cambaleio e disparo novamente. O tiro pega na porta da viatura. Preciso conter meus nervos. Mas descubro que virei a caça agora.
Corro para uma viela. Apenas um policial me segue. Me viro e vejo o outro sangrando. Tiro na perna. Irá sobreviver. Pulo caixas e muros. Chego a um parque e continuo correndo. Tiros são disparados. Cachorros latem e o único pensamento é... "Corra o mais rápido que a sua perna conseguir!" Mas em um momento tive uma idéia. Me distancio e entro em um bueiro.
O policial passa por mim. Mas para pouco depois. Posso ser descoberto. Pego uma das armas e uma lâmina. Será simples e certeiro. Miro com cuidado. Ele se aproxima do lugar. Penso mais um pouco. Ele está em cima do local. Preparo a lâmina e engatilho a arma. Mas escuto uma conversa:
-Central, tiros disparados. Preciso de reforços, policial ferido.
"-Pegou o justiceiro?"
-Não, ele conseguiu escapar. Mas meu parceiro foi ferido.
"-Volte para a viatura, estamos mandando reforços."
Dias depois paro em uma banca para comprar uma revista e um cigarro. "Como é bom namorar..." Penso ao ver um casal apaixonado ao meu lado. Com o corpo dolorido, sento no banco e reparo um jornal gratuito, que é dado nas ruas, dizendo que um assaltante leva terror para os jovens. Acho que alguém precisa detê-lo.
Minhas noites são somente para achá-lo. Mas nada consigo. Vou ao centro para conversar com uma amiga. Ela está de pé, na porta da viatura. A surpreendo por trás.
-Oi.
-Você? Como tem coragem? Eu devia te prender.
-Devia mais não irá! Cadê aquele seu parceiro viadinho?
-Por que está interessado?
-Quero saber quanto tempo tenho até ter uma arma apontada para mim. Eu preciso de um favor.
-O que?
-Vocês tem alguma informação do assaltante maluco?
-O dos jornais? Está querendo prendê-lo?
-Não. Mata-lo!
-Pare de fazer isso. Não precisa se entregar. Suma. Logo esquecerão de você.
-Desculpe, tenho trabalho. Mas obrigado pela ajuda, seu amiguinho está chegando. Mande lembranças para ele.
-Ele foi visto próximo da 9 de julho. Tome cuidado.
Vou a casa do armeiro para me reabastecer.
-Muito trabalho?
-Só um hoje.
-E é caça ou caçador dessa vez.
-Caçador. Sempre.
-Leve tudo, você pode precisar.
Caminho pelas ruas. Decido mudar meu caminho. Ando pela região da Vila Mariana. A única coisa que sei dele é que ele não tem um dos dedos. E sempre assalta armado, matando ou estuprando suas vítimas depois. Preciso pegar esse cara. Ando, corro, pulo e salto. Até encontrar uma praça tranquila. Estou cansado. Acendo um cigarro e relaxo.
A noite está linda e eu deveria estar gastando meu dinheiro em uma balada. Mas prefiro procurar bandidos e nem sou pago. Subitamente escuro um barulho. Largo o cigarro e me aproximo. O carro da polícia parado informa que o suspeito foi visto na área. Hoje é meu dia de sorte. Calmamente procuro pelas ruas. Ando pelos telhados.
Um carro pula na rua. Ele está porcamente estacionado. Parece que um casal está transando. Mas alguns dos barulhos, ao me aproximar do carro me diz outra coisa. A garota chora e o rapaz manda ela ficar quieta. Me abaixo e bato na lateral direita do carro. O veículo para de se mexer. Bato na lateral direita. Subo no capô e no teto. Ele sabe que estou aqui. "Quem está ai?".
-Seu pior pesadelo.
Eu atiro no vidro e puxo-o para fora. A briga começa e ele rapidamente vence. Me nocauteia. Sinto mais vergonha porque a vítima teve que cuidar de mim. Me levanto e ela aponta o caminho percorrido pelo bandido. Não há tempo a perder. A perseguição começa.


just..enjoy.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Um corte e um porre...

Ele dormiu no sofá. Seu cigarro queimava e as cinzas voavam pela casa como seus sonhos. Não era tão rápido, dava para apreciar o papel e o tabaco queimarem. A fumaça era expelida com uma certa angústia. Deitado, olhando para o teto percebia-se que ele não se encontrava no lugar. Mas vagando em pensamentos.
Na mão, um copo de 25anos tentava o embebedar. Na cabeça, imagens que passavam como filme na sua mente. A bebida tentava, mas seu efeito não era sentido. O sofá confortável dizia o tema de solidão da noite. Provavelmente até a escuridão sabia o que acontecia naquele momento.
A garota olhava para a cara dele. Tentando desvendar seus pensamentos. Seu sofrimento. Seu olhar. Mas era em vão. Nada nem ninguém poderia entender o que se passava. Ou o que viria a acontecer. Justificativas existiam aos montes. Intenções também, mas de boas intenções, o inferno está cheio.
Ele bate o cigarro com desprezo. Da um gole longo. Fecha os olhos para não perceber que bebe. E torna a abaixar o copo. Apenas seu brinquedo está ao seu lado. Mas ele fará a justiça que tanto precisa? Isso só o tempo irá dizer. Pois depois de 4copos Eduardo derruba a bebida no tapete e dorme no sofá.
Os sonhos não existem mais. Eles se misturam com realidade e torna dormir, uma opção muito perto do suicídio. Ele acorda de hora em hora. Tenta levantar-se, mas não consegue. A garota assiste tudo sem saber o que fazer. Em um momento da noite, ele chega a apontar a arma para a cabeça. A menina esboça uma reação. Mas Eduardo coloca a arma no colo e derrama lágrimas pelo coração.
"Como andar pelos vivos pode parecer tão difícil para quem está morto?" É o que pergunta o rapaz sem parar para si mesmo. Ele pensa em todas as formas de encontrar com seu amor. Mas algo ainda deveria ser feito. Ele cria forças para levantar do sofá, caminha até o banheiro, mas cai no caminho. Bate a cabeça na quina da porta e desmaia.
-Acorda!
-Hum...
-Ei acorda logo!
-Minha cabeça dói.
-Não sei se dói por causa da bebida, ou desse corte horrível.
-Corte?
-Você bateu a cabeça ontem. Vem, levante-se. Eu te ajudo. Vamos limpar esse sangue todo.
-Você deveria ter me protegido.
-Estou aqui pra te proteger dos outros, não de si mesmo. Isso só você pode fazer.
Depois de limpar carinhosamente o ferimento, Eduardo concluiu que a garota era mais que aparência. Descobriu uma vocação para enfermagem. Sabia como limpar o ferimento e até deu pontos na testa machucada. "Ela é muito mais que a aparência..." pensou Eduardo.


just..enjoy.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Senta que lá vem a história - Prt. 17.

Era Natal. Uma data comemorativa cristã que era mais comemorado por lojistas do que pelas crianças. Lojas ficavam abarrotadas. A Paulista ficava enfeitada de tantos bichos, árvores e claro, do bom velhinho. A maioria gostava desse dia. Desse mês. Festas, festas e mais festas.
Marco acordou cedo, como sempre. Correu 10km e tomou uma ducha. Foi até a feira, comeu um pastel típico paulista e comprou coisas para o almoço. Não era um Chef de mão cheia, mas já tinha morado com um cozinheiro e aprendeu algumas coisas. Fez macarrão ao sugo, não porque é fácil, mas sim porque tinha muito na dispensa. Assou um peixe e batatas. E deu um grito na casa.
-Caio... Caio, caralho, fodeeu!
O garoto levanta com um pulo e joga suas coisas no chão. Sai correndo pela casa de cuecas. Max vai atrás e pega uma garrafa no chão. Talvez, temeroso por um possível assalto. Ao chegar na cozinha se deparam com Marco lutando para tirar do forno seu peixe, pois a luva que os meninos tem em casa é uma tremenda porcaria.
-Luva maldita, vou te queimar quando isso tudo acabar! Diz Marco irritado.
-O que está acontecendo? Pergunta Max.
-Almoço, são quase uma hora, brancas de neve. Mas me diz, o que você está fazendo com essa garrafa na mão?
-Pensei que estavam nos roubando ou a cozinha pegando fogo.
-Ai você resolveu embebedar os ladrões e apagar o fogo com vodka? Pergunta Caio rindo.
-A minha intenção foi boa.
E quase desperdiçou bebida. Diz Caio ironicamente.
Os garotos se vestem e almoçam muito bem.
-Eu vou passar o Natal nos meus pais hoje, então acho que você pode dar uma festinha aqui. E no ano novo vou pra Curitiba acho.
-Bacana Max, hoje eu e o Marco vamos ficar com a minha mãe, mas no ano novo não sei ainda, talvez role uma festinha aqui... ai se o lance de Curitiba não rolar, você fica aqui.
-Fecho. E por lembrar de natal, tenho que comprar presentes.
-O que você vai dar pra mim? Pergunta Marco.
-Meu prato sujo para você lavar.
Todos riem. Caio fica pensativo nos presentes que realmente teria que comprar. Fora os dos seus pais, que ele já tinha comprado, ainda tinha o Marco e os meninos, Max e provavelmente Vivi, pois ela sempre dava algo para o garoto. E ainda tinha Carol. Seus pensamentos migraram para a última frase que ele disse para a garota.
Ruas abarrotadas. Shopping mais ainda, mas era o único meio de comprar algo. Ele comprara todos os presentes, menos um. O de Carol. Ele andou e andou. Sumiu por um momento e quando nem Marco percebeu, comprou algo para ela. Foi bem a tempo, antes das lojas fecharem. Missão cumprida.
Passou na casa de Vivi e deixou o presente com a empregada. A menina estava fazendo compras de natal com a mãe. Não quiseram esperar. Foram para o apartamento, tomaram uma ducha e se vestiram. Rumaram para a casa de Caio, onde seus pais o aguardavam.
Como toda boa mãe, dona Iraci aprontou uma mesa farta. Recebeu o filho na porta com um avental de cozinheira e deu um beijo caloroso, de mãe, em Marco. O garoto se sentiu em casa e bem a vontade para tomar caipirinhas feitas pelo seu Lineu, pai de Caio. Os minutos passam e a noite fica interessante. Depois da ceia, os garotos se jogam no sofá e mudam de canal para achar algo. E o telefone toca.
-Oi.
-Hohoho, Feliz Natal. Diz uma voz imitando o bom velhinho.
-Mas quem é o velho pançudo? Certeza que é você Gabriel.
-Ah, por que nunca funciona essa brincadeira? Então... primeiro feliz natal pra você e pro Marco, mas está rolando uma festa na casa do Beção. Demoro pra gente ir... quer dizer, pra vocês virem.
-Chegamos em 20minutos.
Os garotos se despedem dos pais de Caio e correm para a casa de Beção. No meio do caminho o telefone toca. É Vivi.
-Oi.
-Oi Vi.
-Sabe, pensei que não iria receber nada de você. Cheguei até a chorar... mas minha empregada disse que você deixou uma caixa com instruções para entregar só depois da uma hora. Amei o cavalinho de porcelana.
-Ah, que bom que ela entregou. Agradece ela por mim. E que bom que você gostou do cavalinho. É só uma lembrança.
-Que isso, eu amei. Achei super a minha cara.
-Também achei.
-Eu estou com o seu presente aqui, onde você está pra eu te entregar?
-Nossa... to indo pra algum lugar que eu não sei onde é. Tem uma festinha rolando. Faz o seguinte, eu passo ai agora, tudo bem?
-Claro.
Os meninos desviam a rota e param na casa de Vivi. Ela sai linda e saltitante. Sua blusa colado enfatiza seus seios grandes e sua barriga perfeita. Sua saia curta mostra suas pernas grossas. Marco começa a fazer barulhos no carro e gritar com ele mesmo. A menina abraça Caio e fica olhando se Marco sai ou não sai do carro. Depois de abraçar o amigo "gringo" ela da o presente pra Caio.
-O seu presente Caio. E o seu também Marco.
Marco tira do embrulho uma camiseta da Colcci e Caio apenas uma chave.
-O que é isso? A chave do seu coração? Pergunta Caio.
-Não, essa você já tem. Mas não se preocupe, você entenderá. Boa noite meninos.
A festa no Beção estava ótima. Gente pulando, dançando, gritando, comendo e bebendo. Caio encontra todos os amigos e no meio do papo Marco da um abraço em Caio e diz:
-Feliz natal brotha, meu presente chegou. Faça bom proveito.
Carol chega com suas amigas na festa. Caio fica sem jeito mas entende que a festa estava armada fazia tempo. Todos dançam e brincam até tarde. Caio vai tomar um ar na rua, onde casais se beijam e solteiros fumam cigarros. Carol vem e o abraça por trás.
-Peguei. Diz a menina.
-Polícia, polícia, socorro.
Os dois riem e se sentam no chão.
-Sabe, é bem bobinho, mas comprei algo pra você. Toma.
-Nossa que lindo. O que é?
-Abre bobinho.
-Nossa, Jamiroquai. Muito bom esse DVD. Obrigado. Mas eu tenho...
-Você já tem? Eu posso trocar.
-Não, espera eu falar poxa. Eu tenho um presente pra você também.
Caio pega uma caixinha do bolso e entrega para a menina. Ela abre e tira um colcar com um elefantinho.
-Nossa que lindo.
-O Elefante é um símbolo de força e espanta demônios também.
-Amei.
Não que fosse ruim, mas chegar em casa cedo nunca foi o forte dos meninos. As luzes apagadas no corredor do andar mostrava que o sindico precisava trocar a lâmpada.
-Mas que porra é essa? Diz Marco irritado.
-Você tá bêbado.
-Não estou não Caio, tem algo aqui.
O menino abre a porta e se depara com uma caixa no chão do andar. Depois de entrar em casa com a caixa e trazê-la consigo Marco fica Curioso pra saber o que tem dentro.
-O que será?
-Eu abro.
-Você não tem a chave.
-Claro que tenho, ganhei de natal.
Um perfume, uma camisa, uma calça e um sinto estavam cuidadosamente dobrados e colocados dentro da caixa, com um cartão e um bilhete. O bilhete dizia para usar com um sapato de bico fino e o cartão desejava feliz natal para o garoto, assinado por Vivi.
-Caralho, eu amo essa mulher. Você só ganhou presentes de grifes ein. Ta podendo.
-Ela é um amor.
Passaram os dias e os meninos se organizaram para a festa de ano novo em casa. Max foi para curitiba e Fernando, Gabriel, Felipe, Marco e Caio decidiram ver os fogos ali mesmo. Chamaram alguns convidados. Pegaram a TV de LCD e o DVD de Felipe e instalaram no apartamento. Compraram comida, mas as mães dos garotos fizeram a maior parte das coisas. Compraram cerveja, tequila, refrigerante, vodka e gelo, muito gelo.
Os convidados chegavam e botavam o dinheiro no pote. Claro que todos ajudaram, pois nenhum dos garotos tinha tanto dinheiro para bancar uma festa daquele porte sozinho.
-Chamou todos e todas? Perguntou Gabriel.
-Claro, eu mesmo cuidei disso. Respondeu Felipe.
-Então haverá mais mulheres do que homens hoje. Isso é bom pra você Gabriel, você é um pega ninguém.
-Verdade, só pego a sua mãe só Fernando.
Todos riem e convidados chegam. Faltando 10minutos todos estão na festa.
-Ligou pra Vivi Caio?
-Ela foi viajar Marco. Mas liguei sim.
Faltando 5 minutos todos se aprontam pra gritar. Felipe sobe na mesa e começa a fazer um strip, para animar o pessoal. Conversa vai, strip vem e Carol toca no braço de Caio. Ela estava linda, com um vestidinho branco e com o colar que Caio deu para ela. E o garoto, estava de camisa, calça e tênis.
-Ok, todos sabem da tradição né? Quem estiver de namorico, casado ou ficando tem que dar um beijo na virada. Grita Felipe.
-Caio, acabou o gelo.
-To indo pegar Fee.
Faltava um minuto quando Caio saiu de perto de Carol. A menina ficou visivelmente frustrada. Mas procurou não demonstrar para todos. Apenas para Caio.
-7, 6...
O garoto sussurra algo no ouvido de Fernando.
-5, 4...
A televisão ligada mostra a Paulista, cenário de tantos acontecimentos naquele ano. Todos levantam suas taças, copo, latas e garrafas. Todos saldam o ano que irá entrar. Todos se animam e terminam a contagem com corações acelerados e pensamentos positivos.
-3, 2, 1... FELIZ ANO NOVO!
O garoto se esforça para passar da multidão. E com um toque sutil no braço da garota. A toma em seus braços e a beija como se o mundo inteiro fosse acabar. Tudo perfeito, como uma última sinfonia tocada pela melhor orquestra do mundo. Eles se beijam com vontade.
Todos pulam, se abraçam. Mas o único que observa realmente com um sorriso fora do comum, é Marco. Felipe encosta nele e diz:
-Nosso garoto está crescendo.
Caio olha nos olhos de Carol e abre um sorriso, ela retribui com a mesma intensidade e suspira uma frase que pode ser dita de várias formas, mas além de palavras, foi dita com o coração. "Feliz Ano Novo".


just..enjoy.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Avião de Papel...

Em cima do meu avião de papel, vejo pessoas do tamanho de formigas. Vejo o céu azul e pássaros passarem e sorrirem para mim.
Em cima do meu avião de papel, passo por cima de pontes e estradas, lugares desabitados e cidades. Vou por cima das pessoas e vejo seus anseios, carências e felicidades. Certa vez vi um bebê chorar de rir, foi um momento muito marcante na minha vida.
Em cima do meu avião de papel, pessoas são pessoas, e o cabelo é a única coisa que as diferencia para mim. Vejo o mundo como sempre quis ver e nunca vi. Posso observar as pessoas pelo que são, não por sua conta bancário.
Em cima do meu avião de papel, passo por cima do mar, nunca pensei que algo tão azul fosse tão belo.
Em cima do meu avião de papel, vejo meninos virarem homens, homens fazerem maldades contra seus semelhantes e contra a natureza. Vejo eles curando enfermos, ajudando quem precisa... tentando salvar o planeta.
Em cima do meu avião de papel, tenho apenas uma certeza. O mundo é belo, as pessoas são boas e o horizonte, para mim, é o destino.


just..enjoy.