O caixão desce. Todos choram e um sentimento de culpa por ter entregue a maldita carta paira sobre mim. Caralho, nunca senti isso. Abraço a pequena Lectizia. Deve ter uns 15 anos. Logo já da pra comer. Mas não é por isso que estou perto dela. Acho que eu deveria contar para alguém o que aconteceu. Mas será que me lembro direito?
"Fazia uma semana que não via Toni sair de casa para levar aquela bola de pelos para passear. Cachorro feio da porra, esse sim poderia morrer. Um carro preto estava parado na esquina fazia dias. Na verdade, a exatamente uma semana, uma hora depois que eu entreguei a carta. Deveria bater na porta de Toni de novo. Mas não tive coragem para descobrir a verdade.
Vou ao Club. Ao me ver, o segurança deixa eu entrar direto. Dirijo-me ao bar. Depois de uma bebida e um trago sou convidado a subir novamente. Toni estava lá. Com uma cara de bunda mas estava. A surpresa em seu olhar é imediata. Assim como a pergunta "Você trabalha para ele Eduardo?" antes que pudesse responder ao gordo chorão, alguém responde:
-Não Toni. É só um...amigo, certo Eduardo?
-Mais ou menos.
-Ele me fez um favor. Um pequeno favor.
Apenas um pequeno reflexo de luz me tira a atenção. O segurança na porta tem algo dentro do seu traje. Não me parece uma jóia brilhante. Ele vira um pouco para que não fique visível a 9mm q carrega. Ai sim pensei comigo "Agora Fodeu!".
-Bem, você já sabe o que fazer Toni.
-Sim senhor.
-Então vá fazer e deixe-me conversar com meu novo amigo, sim!
-Mas é claro senhor.
O velho gordo sai com o rabo entre as pernas. E eu fico imaginando o que aconteceria com ele. Bem, teria a minha resposta daqui a alguns dias. Sou servido por um homem com uma cicatriz na mão direita. Fumante. Sinto o cheiro de tabaco de longe. Então vem a pergunta:
-Quer trabalhar comigo Eduardo?
-Com você?
-Seria...para mim.
-Pra que? Pra ficar rico? Isso já sou!
-Não. Para ter respeito. Aprender algo sobre a vida.
-Não obrigado, tenho alergia a trabalho!
-Ok, se quiser está de pé ainda.
-Obrigado. E a vadia que estava aqui semana passada?
-A minha filha?
Agora sim fodeu!
-É...
-Hahahahaha. Não é minha filha, brincadeira. Mas o que tem?
-Nada. Bem, preciso ir.
-Eduardo, não me esqueci do favor que fez para mim. Quando precisar, é só ligar. Esse é meu número particular.
-Sim senhor, qualquer coisa ligarei.
-Quando quiser vir com os seus amigos, está convidado. É por conta da casa.
-Obrigado."
Ainda não sei o que Toni tinha que fazer. Muito menos qual a ligação dele com esse homem. O que ele faz? O que seria exatamente um "favor"? Por que o segurança dele tinha uma arma em um lugar mais seguro que um banco? E por que Toni disse para mim "Você me matou Eduardo, você me matou...a família está aqui!" O que seria " A Família"?
Essas respostas poucos poderiam me dar. Mas a pessoa mais próxima está naquele caixão. E tudo por minha causa. Acho que não foi enterrada na Itália, por algum motivo específico. Só sei que a dois dias atrás um tiro foi disparado perto de minha casa. Sangue jorrou e lágrimas escorreram quando Bia, como preferia ser chamada, foi executada como nos filmes de gângsteres, com uma rajada de tiros, e morreu nos braços de seu marido, Toni. Ninguém sabe de quem foi a autoria dos disparos, mas eu suspeito que sei. Seria essa a "Família"?
just..enjoy.
5 comentários:
poxa
escreve logo a continuação da estória?
fiquei intrigada
conseguiu dispertar minha curiosidade
UAHHUAHAUHAHAUHUAHHA
=]
cade cade?
(isso msm pressão)
escritor passa por isso!
hahaha Mew, eu vim ler por acaso, comecei de baixo pra cima e reli os que já tinha visto.
Curiosa essa coisa de escritor né.
Não sei pq isso me ocorreu, mas agradeço muito a vcs, que me fizeram lembrar como é prazerosa uma boa leitura! :)
s2
ps.: tbm quero a continuação! :)
Vou separar mais tempo pra isso.:D
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