domingo, 28 de novembro de 2010

Verso de Verdade..

Dizer que o futuro não importa,

Dizer que o passado não bateu naquela porta

Pode ser a verdade menos verdadeira,

Mas você vai dizer que falo besteira...


Aquele sorriso bobo, aquele cheiro de verdade

É a prova que você não me vê com a seriedade.

Se falo besteira quando você se irrita e perde a noção,

Pode ser que no fundo, apenas não queira machucar seu coração.


just..enjoy.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Coração

Aqui está uma moça que não durará muito
dominada pelas emoções que um dia explodiram seu peito

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O homem que queria ser

O homem que queria ser

E não era nada

Ou nada queria

Talvez queria nada

Ou nada ele devia ser

Mas como desejo é desejo

O homem queria porque queria ser

sábado, 24 de outubro de 2009

As vezes.. a mulher perfeita, é invisível!!


just..enjoy.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O ultimo Trago... Pt. I

Ele corria como um demônio. E eu, logo atrás. Sentia o peso da roupa, mas ele não. Apenas uma calça e um moletom cobriam seu corpo. O capús cobria seu rosto como a máscara cobria o meu. Aponto a arma e erro. Maldita tripidação, mas não posso parar. Finalmente eu o encontrei.
Ele corre para uma parte muito conhecida e viva nas noites de São Paulo. A augusta está lotada de pessoas. Um calor que sinto com o frio do meu corpo. Ele corre no meio da rua e todos, sem entender me olham. Dessa vez ele não vai escapar. Vai morrer, e não escapar.
Chegando no centro, escuto sirenes. Ele vira a direita e entra em um prédio. Lá será seu leito de morte. Me preparo e vou atrás dele. Sigo meus instintos, o farejo como cão. Ele sobe as escadas e começa o tiroteio. Sorte que passei no velho e peguei alguns brinquedos. Enquanto subimos atiramos. Parece que se passou uma eternidade, porém foram minutos.
Ele desiste de correr e começa a se esconder. Eu o sigo, mas sua tentativa é frustrada. Ele chega a um beco sem saida, então começamos o diálogo:
-Fim da linha, traste.
-Matador, matador... será que é o fim da linha mesmo?
-Se você tiver asas, não! Você tem?
-Não, mas tenho um outro presente pra você.
-Hum.. não precisava se incomodar.
-Não foi incomodo, foi mais... prazer.
-Prazer?
Ele aponta para um canto, onde algo se mexe.
-Você achou que eu entrei aqui por besteira?
-Achei que ia entrar em um puteiro, fiquei decepcionado quando não.
-Você é divertido. Mas espero que goste disso.
-O que tem lá?
Ele não aponta mais a arma para mim, mas para o canto.
-Uma menina linda.
-É a sua filha? Ela é gostosa?
-Não acredita né!?
-Vamos acabar logo com isso, abaixe a arma que lhe darei um teco na cabeça e pronto.
-Não é tão fácil assim. Primeiro vou matá-la e depois você.
-E você acha que vou deixar? Você não conseguirá nem apontar a arma para mim se atirar nela.
-Exato. Mas, será que o herói... vai deixar a menininha morrer?
Ele tira a carta da manga. Agora estou em apuros. Faço o que sempre fiz melhor.
-Quer um cigarro?
Abaixo a minha arma e acendo um cigarro. Jogo o maço para ele, mas ele fica desconfiado. Vou até a beirada do edificil abandonado. Mais um esqueleto na cidade de São Paulo. O ar daqui de cima é mais gélido.
-É alto aqui... e hum... Nossos amigos policiais chegaram.
-Será que vieram pra você ou pra mim?
-Ha Ha... boa pergunta. Realmente não quer um cigarro?
-Claro, porque não.
-Aproveita enquanto pode... logo vão proibir a gente de fumar. Proibem de matar, correr pelado...
-Estou aproveitando.
-E aproveita também porque hoje alguém vai dar o trago final.
Um barulho vindo das escadas me faz refletir. Chegou a minha hora? Quem será que está vindo? Acho que não sairei daqui tão fácil.
-Parados!
-Olha... é a policia. Diz o maluco.
-Pensei que era o papai noel!
-Ei Batman... agora tenho dois reféns. HA HA HA!!


just..enjoy.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Escravo

Era um cara engraçado, de palavras afiadas. Frequentemente era citado por outros, e quando ocorria, ele sorria como se suas próprias palavras fossem um absurdo. O absurdo era que não sabia não ser assim. E morria por dentro, cada vez que riam de suas palavras, de suas atitudes, de seus gestos. morria um pouquinho por dia, como todos nós, mas sofria um bocado a mais.
Por dentro era oco, tudo o que tinha não era de fato seu, era crédito de sua incrível capacidade de fazê-los rir. O mundo inteiro ria. Ele sorria e balançava a cabeça: "que absurdo...". Sorria por fora, morria por dentro.
Tinha um cargo alto numa multimilionária multinacional, conquistara a simpatia da diretoria.
Tinha uma esposa-troféu, a mulher mais inteligente que já conheci em minha vida, com olhos brilhantes e um perfume natural que despertava memórias distantes de lugares esquecidos ou nunca vistos e ficava na pele da gente quando a cumprimentávamos.
Conhecera-a numa festa de aniversário de um amigo em comum, dizem que o primeiro passo é fazer a garota rir, deu certo pra ele.
Ele fitava de sua gigantesca janela o pôr-do-sol, lamentando todas as outras vidas que poderia ter e não teve, tomava um gole de café, cuja cor preenchia suas vísceras, suas artérias, seu coração, sua alma.
Fitava a linha do horizonte cada vez mais invisível com o cinza do escarro dos automóveis e o fosco das vidraças que escondiam as grandes e pequenas empresas.
Fitava a entrada do formigueiro humano que era a estação de trem subterrânea às seis horas da tarde.
Queria chorar, mas não sabia, queria gritar, mas o decoro que aprendemos desde a infância não o permitiria.
Simplesmente pensou, então. Deixou que aquela exorbitância de imagens, sons e palavras desconexos se alastrasse por sua mente, esperando ocupar-se de algo. Inundou a mente para aliviar o vazio da alma.
As palavras da professora de Estudos Socias na segunda série, e como era o nome dela mesmo?, sua irmã chorando por um brinquedo quebrado, aquele coelho tinha as orelhas azuis, aonde foram parar meus heróis de infancia?, quem dirigia aquele carro amarelo?, meu pai tinha uma carteira macia de couro, o cheiro de couro, o gosto de ferro, o chão vermelho.
Deixou uma nota um bocado bem-humorada em cima de sua mesa e partiu.
Nunca encontrou a resposta ao vazio, nunca o preencheu, nem com a maior tempestade de idéias que foi capaz de atingir. Não deixou de fazer rir, nem tentou.
Deu-se por vencido. Escravo do riso.
De algum Deus sádico e de um humor imperdoável.
Vivia uma ironia, característica fatal da condição humana.
Tudo o que tinha era graças ao que nunca teve sinceramente, o riso.

verdadeinventadaminha

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Pobre mortal...

Pobre mortal..
Perco-me em palavras difíceis, das suas paginas cheias de comentários de pessoas que te conhecem mais que eu.


just..enjoy.